Aos domingos, quando os comércios do centro de Teresina estão fechados, alguns estabelecimentos dos bairros de Teresina funcionam normalmente, atraindo mais gente e aquecendo a economia, que atende às necessidades da comunidade. Um exemplo é o Parque Piauí, onde lojas e um grande mercado construído em meados da década de 70 ficam abertos.
A diversidade dos produtos vendidos é uma das grandes atrações. Carnes, peixes, doces, remédios caseiros, ervas medicinais, pescados, roupas, acessórios, frutas e verduras são alguns dos itens que os consumidores encontram em poucos minutos de caminhada pelo local, repleto de barracas e ambulantes.
Os donos de lojas de roupas atribuem o movimento à feira do mercado, localizada na Avenida Marechal Juarez Távora, que atrai até mesmo turistas de outras regiões. No entanto, o vendedor Edson Ivanildo, que trabalha no Parque Piauí, há 10 anos, relata que, de segunda-feira a quarta-feira, poucas pessoas aparecem para comprar algo. “No domingo, muita gente compra devido à feira, que tem um movimento que começa na sexta. Mas no resto da semana, sentimos a falta dos clientes”, conta.
Antônio Joaquim vende utensílios domésticos no centro da capital e aproveita o mercado do Parque Piauí para gerar uma renda maior. “Há 15 anos trabalho por aqui e tenho uma razoável renda extra, já que aqui é muito favorável para mim: tenho boas vendas e já é tradição”, explicou.
Mel, doces e ervas compõem a organizada banca do aposentado Carlos Teixeira, que há 5 anos resolveu explorar o comércio do Parque Piauí. Mas afirma que, nos últimos anos, o movimento tem diminuído.
“Já tivemos bons dias, mas hoje está bem fraco. O dia que mais aparece gente é no domingo, mas a maioria fica andando, ou só compra carnes e verduras, já que o mercado não possui condições na sua estrutura para receber turistas”, disse.
Embora a capital fique praticamente parada, no Parque Piauí é diferente. O movimento de automóveis e pessoas a pé revela que o mercado de bairro tem um abrangente polo comercial que tenta escapar da crise e resiste em meio às condições não tão favoráveis do Mercado, que conta a história da capital.
A aposentada Maria Luzia mora no bairro Promorar e não perde um domingo de feira. “Tem muito tempo que eu venho até aqui, pois sei que vou encontrar as verduras mais frescas que sempre preciso no domingo”, conta.