Em audiência de custódia realizada na última sexta-feira (23), a juíza da 2° Vara da Infância e Juventude de Teresina, Elfrida Costa Belleza Silva, decidiu conceder a liberdade de três adolescentes condenados no caso que chocou o Estado e o país, que foi o estupro coletivo de quatro garotas no município de Castelo do Piauí, localizado a 190 km de Teresina.
Por conta do término do prazo de 3 anos, que foi estipulado para o cumprimento da medida de internação dos adolescentes, a justiça decidiu conceder a liberdade assistida. Os menores irão permanecer no abrigo da Secretaria Estadual de Assistência Social (SASC) por 2 anos e 6 meses.
Dos cinco condenados no caso, três dos adolescentes envolvidos cumpriram medidas socioeducativas. Já outro, Gleison Vieira da Silva, de 17 anos de idade, foi morto por colegas do Centro Educacional Masculino (CEM), dentro do próprio alojamento após confessar o crime e entregar os demais acusados. Eles estavam internados no CEM desde 2015.
O CASO
Na noite do dia 27 de maio de 2015, quatro adolescentes entre elas uma de 15 anos, uma de 16 e duas de 17 anos foram estupradas e agredidas por cinco jovens na cidade de Castelo do Piauí. De acordo com o delegado Laércio Evangelista, os acusados já foram identificados. Ao todo são quatro menores e um maior de idade.
As quatro vítimas foram levadas para o Hospital Regional de Castelo do Piauí e por apresentarem um quadro bastante grave foram encaminhadas para o Hospital de Urgência de Teresina.
Na manhã do dia seguinte, as policiais civis e militar apreenderam 3 adolescentes acusados de estuprarem e agredirem as adolescentes I.C.M.S, de 16 anos, J.L.S, de 15 anos, D.R.F, de 17 anos e R.N.S.R, de 17 anos.
Mentor do crime
Depois de cerca de 17 horas de julgamento realizado no Fórum de Castelo do Piauí, Adão José de Sousa foi condenado na noite do dia 27 de fevereiro deste ano a 100 anos e 8 meses de prisão em regime fechado, pelo Tribunal do Júri.
Após um longo julgamento com testemunhas de defesa, acusação, vítimas e réu, o Conselho de Sentença formado por dois homens e cinco mulheres considerou Adão culpado por estupro, corrupção de menores, porte ilegal de arma, três tentativas de homicídios e um homicídio.