Conheça Boyan Slat, o jovem que promete despoluir 90% dos oceanos até 2040

A promessa consta em uma carta enviada pelo jovem à organização da Conferência do Oceano da Organização das Nações Unidas (ONU), que acontece em Lisboa até esta sexta-feira (01).

Boyan pretende retirar 90% de todo lixo dos oceanos até 2040 | Divulgação
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Aos 16 anos, o holandês Boyan Slat, em uma viagem para fazer mergulho submarino na Grécia, encontrou mais sacolas plásticas do que peixes no mar. Da experiência ele tirou inspiração para criar um dispositivo que recolhe o lixo plástico do oceano.

Atualmente com 27 anos, Boyan virou CEO da iniciativa The Ocean Cleanup, que garante ter meios para retirar 80% do plástico no mar até 2030, e cerca de 90% até 2040. A promessa consta em uma carta enviada pelo jovem à organização da Conferência do Oceano da Organização das Nações Unidas (ONU), que acontece em Lisboa até esta sexta-feira (01).

Boyan pretende retirar 90% de todo lixo dos oceanos até 2040 (Foto: Divulgação)Com a criação, o ativista ganhou fama: em 2014 ele recebeu o título de “Campeão do Planeta” da ONU, o que lhe rendeu a aparição em diversas listas de jovens promissores, como a Forbes 30 Under 30 e a da revista Time. No site da iniciativa que ele comanda, há detalhes sobre o sistema de limpeza, mas também são vendidas camisetas e garrafas reutilizáveis com sua marca – Boyan virou quase uma celebridade.

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O principal sistema criado por ele funciona como uma espécie de barragem móvel, que é levada por dois barcos. Esse coletor de lixo vai se enchendo conforme os barcos avançam a uma velocidade determinada, e conforme o plástico vai se movendo por conta das correntes marítimas.

Sistema criado para a coleta do lixo plástico funciona como uma espécie de barragem móvel (Foto: Reprodução)Quando fica cheia, essa espécie de rede é fechada, selada e levada até o barco, onde é descarregada. Depois que os navios que operam o sistema ficam cheios de plástico, o lixo é levado até um centro de reciclagem em terra firme.

Para encontrar os locais ideais para limpeza, a ONG utiliza modelos matemáticos que preveem em quais lugares do oceano o plástico tem mais chances de se acumular.

O sistema de redes coleta o lixo do oceano (Foto: Reprodução)Além deste sistema de coleta no mar, a ONG comandada pelo holandês também desenvolveu um equipamento movido a energia solar para retirar o lixo dos rios antes mesmo que ele chegue até o oceano.

Chamados de "interceptores", esses equipamentos também funcionam criando barreiras para o lixo plástico. Atualmente, a ONG já tem dez dessas sistemas funcionando em rios de diferentes lugares do mundo, da Jamaica à Indonésia, passando por países como Malásia e República Dominicana.

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