O Parque das Nações Indígenas é um dos principais atrativos turísticos da cidade. Crédito: Flávio André/MTur
A quarta-feira (26.08) é dia de celebração para os campo-grandenses. A capital do Mato Grosso do Sul comemora 121 anos, com um grande potencial turístico e cultural. Repleto de áreas verdes e largas avenidas, o município foi reconhecido internacionalmente pela organização não governamental The Arbor Day Foundations como uma das 59 cidades mais arborizadas do mundo. Além disso, a “Cidade Morena”, apelido do local, é terra das modas de viola e da polca paraguaia, originando grandes nomes da música brasileira.
Entre os diversos atrativos turísticos locais, um se destaca não só pelo seu tamanho, mas pela rica história e cultura: o Parque das Nações Indígenas. Lá, o visitante tem a oportunidade de percorrer trilhas exuberantes em meio à vegetação, formada por diversas árvores preservadas, como o Jenipapo, a Mangueira e a Aroeira. A unidade abriga, ainda, o Museu de Arte Contemporânea e o Museu Dom Bosco, este último conhecido como “Museu do Índio”, com um vasto acervo de arqueologia, etnologia e paleontologia. A fauna da região também pode ser verificada durante no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, localizado no parque.
Outra opção é o Horto Florestal, parque que oferece ao turista biblioteca pública, centro de convivência para idosos, orquidário, espelho d’água e um teatro com capacidade para duas mil pessoas, além de espaços destinados à prática de esportes. Para quem deseja apreciar a fauna brasileira, a Praça das Araras é uma excelente alternativa. O atrativo foi criado como forma de alertar a população quanto à a necessidade de preservação da arara-azul, ave que se encontra em extinção e é considerada a maior da família das araras. Não à toa, o local é considerado um dos preferidos de quem mora e visita Campo Grande.
Para quem quiser provar uma das mais deliciosas culinárias do país, Campo Grande proporciona a Feira Central e Turística, a “Feirona”, como é popularmente chamada. O lugar é ponto de encontro dos apreciadores do “Sobá”, prato típico da cidade, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como patrimônio cultural imaterial do Brasil. Composto por macarrão oriental e ingredientes locais, a comida encanta quem a prova. Da cozinha pantaneira vêm outros pratos singulares, a exemplo do caldo de piranha e da moqueca de jacaré, além do filé de pintado com urucum, da costela de dourado, do pacu e do tambaqui. E, para beber, tem o tereré, de origem Guarani, uma versão gelada do chimarrão gaúcho.
HISTÓRIA - Originária das raízes indígenas, Campo Grande foi fundada no século XIX por mineiros que desbravaram os vastos campos nativos do Cerrado brasileiro - um dos motivos para a origem de seu nome. Posteriormente, foi abarcada por diversas nacionalidades, que deixaram um pouco de suas culturas na cidade. Durante o século XX, a região foi marcada por importantes momentos, como a chegada da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que trouxe desenvolvimento ao local, e a formação do movimento que lutou pela divisão de Mato Grosso. (Por Victor Maciel/MTur)