Conselho de Veterinária garante fiscalizar estabelecimentos legais e ilegais

A vistoria está de acordo com as resoluções Nº 1015, que visa adequar o ambiente ao serviço prestado, e a de Nº 1069, que fiscaliza a venda e a exposição inadequada de animais.

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O Conselho Regional de Medicina Veterinária tem fiscalizado estabelecimentos como pet shops, clínicas e ambulatórios veterinários de Teresina. Essa iniciativa começou em fevereiro deste ano e até agora menos de 10% dos estabelecimentos foram fiscalizados. A vistoria está de acordo com as resoluções Nº 1015, que visa adequar o ambiente ao serviço prestado, e a de Nº 1069, que fiscaliza a venda e a exposição inadequada de animais. Com garantia de que a fiscalização ocorrerá em todo o estado e vai atingir estabelecimentos registrados e não registrados no Conselho.

Para Joyce Magalhães, médica veterinária, a maior preocupação dos médicos veterinários é que, de fato, a fiscalização ocorra tanto para quem é registrado pelo Conselho, quanto para quem não é, pois para chegar ao registro são necessários algumas vistórias importantes.

“A gente espera que o Conselho fiscalize não apenas quem está registrado, mas também quem está no mercado de maneira ilegal. A nossa grande preocupação é que nem todas as clínicas e pet shops são legalizados. Porque a gente não é fiscalizado apenas pelo Conselho de Veterinária, tem a fiscalização do Meio Ambiente, Vigilância Sanitária e Ministério do Trabalho. Então, são vários itens que temos que nos adequar”, pontua Joyce Magalhães.

De acordo com a médica veterinária, os funcionários de pet shops devem ficar atentos ao ambiente adequado para a venda de animais, que garante o bem estar destes e ainda o consumidor não buscar serviços apenas pelo menor valor.

“Eu acredito que se você não tiver um ambiente adequado é melhor não trabalhar com vendas de animais. Porque a gente vive em um local muito quente e os animais domésticos, principalmente os bebês, sofrem com o calor. Do lado de fora, eles ficam mais expostos ainda as intempéries climáticas, podendo adoecer. Quanto as clínicas, o consumidor precisa ter consciência de que clínica veterinária tem que ter uma estrutura, e não podemos fazer de um consultório, uma loja de R$1,99. O preço está agregado a qualidade de serviço, se o preço é X e tal concorrência faz X dividido por dois, tem algo errado aí”, explica Joyce Magalhães.

Segundo Fernando Carvalho, secretário geral do conselho regional do Piauí, haverá fiscalização em estabelecimentos registrados e não registrados pelo Conselho e destaca que, apesar dos estabelecimentos não atenderem totalmente as normativas, está havendo interesse pela adequação.

“A fiscalização foi iniciada em fevereiro deste ano, com a entrega da resolução e aviso de fiscalização. Por ser uma vistória miniciosa, o Conselho conseguiu fiscalizar menos de 10% dos estabelecimentos. Começamos com clínicas maiores, para saber se esta está de acordo com a resolução. Isso ocorrerá em estabelecimentos registrados e não registrados. Até agora, a maioria das clínicas atendem em parte os quesitos. Mais em alguns quesitos e menos em outros. O importante é que há interesse pela adequação as resoluções”, destaca o secretário geral do conselho.

Veterinários pretendem pleitear selo de qualidade

Os profissionais de veterinária, junto com o Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas do Piauí (Sebrae), estão estudando a possibilidade da criação do selo de qualidade dos estabelecimentos voltados a saúde e bem estar de animais domésticos,. com o intuito de melhor qualificar os serviços oferecidos. É o que afirma Joyce Magalhães, médica veterinária.

“A gente está pleiteando a criação do selo de qualidade, para diferenciar esses estabelecimentos que trabalham legalmente, que seguem a risca as leis, para que o consumidor saiba porque aquela clínica é credenciada, quanto ao valor dos serviços como o da vacina, remédios e consultas. Muitas vezes, temos colegas que oferecem tais serviços bem mais baratos, mas o que acontece, na realidade, eles não têm o custo que a gente tem, porque não são legalizados ou são parcialmente legais”, explica a médica veterinária.

Repórter: Márcia Gabriele

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