Presente na mesa da maioria dos brasileiros, principalmente no sal de cozinha e nos produtos industrializados, o sódio é um dos sais minerais essenciais para o funcionamento do organismo. Segundo Odila Tomoko Uta Nakano Teixeira, cardiologista, o nutriente está ligado a diversas funções em áreas diferentes do corpo. “O sódio contribui para a regulação dos fluidos nas células, atuando também na condução de estímulos nervosos e na contração muscular”, explica.
No entanto, o ingrediente tem sido apontado como um vilão da alimentação nos últimos anos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de menos do que 5g diários de sal, mas, no Brasil, são consumidos cerca de 12g por dia. Segundo a docente, o consumo em excesso do nutriente pode causar graves problemas à saúde. “A ingestão exagerada de sódio pode contribuir para o aumento da pressão arterial, levando a quadros de doenças renais, cardiovasculares e ainda ocasionar um acidente vascular cerebral (AVC), principalmente em pessoas que já apresentam um quadro de pressão alta”, alerta.
Por isso, vale a pena se atentar ao quadro de valores nutricionais na hora das compras. O sódio proporciona uma durabilidade maior aos alimentos, então comidas congeladas como caldos de carne e embutidos (salsicha, mortadela, salame etc.), possuem um teor elevado do ingrediente e devem ser consumidos com cuidado.
Nas prateleiras dos supermercados é possível encontrar diversas opções para substituir o sal de cozinha comum. O sal negro e o sal rosa do Himalaia, apesar de mais caros, possuem uma quantidade menor de sódio na composição e são ricos em outros nutrientes fundamentais para o corpo, como o ferro e o potássio. O sal light também é uma alternativa, mas não é recomendado para pessoas com problemas renais. Outra opção é temperar os alimentos somente com ervas e especiarias como o manjericão, alecrim, alho-poró, salsinha e os já tradicionais, alho e cebola.