CoronaVac: Butantan diz que suspender testes traz medo e insegurança

Diretor do instituto, Dimas Covas, espera que os testes sejam retomados ainda hoje ou amanhã (11).

CoronaVac: Butantan diz que suspender testes traz medo e insegurança | Reprodução
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O diretor geral do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta terça-feira (10), em uma coletiva de imprensa, que a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de suspender os teste clínicos realizados em humanos da vacina Cononavac, em função de um suposto óbito de um voluntário, causou indiguinação.

Segundo o diretor, o Instituto recebeu um documento da Anvisa, no dia 6 de outubro, informando que um voluntário do estudo clínico teve efeito adverso grave não relacionado à vacina. Em nenhum momento a palavra "óbito" foi pronunciada.

A suspensão dos testes foi anunciada na noite de ontem (09). Dimas Covas relatou que a imprensa noticiou o fato vinte minutos após a Anvisa informar que se reuiniria com Instituto para tratar o assunto e o processo acabou fomentando "medo e insegurança".

Diretor do Butantan, Dimas Covas (Foto: Reprodução)

"Não há nenhuma necessidade de se interromper os estudos. A troco de quê?", questionou o diretor.

Ainda segundo Dimas Covas, a Anvisa possui dados de que o evento grave com o participante do estudo não tem ligação direta com a vacina.

"Hoje de manhã ocorreu uma reunião com a Anvisa para esclarecer todas as dúvidas. Interromper um estudo clínico causa sofrimento, dor e insegurança. Causa dificuldade naqueles que querem ser submetidos ao estudo. (...) não há motivo para protelar isso. Essa vacina não teve reação adversa grave. É a vacina mais segura até esse momento", completou. Ele espera que os testes sejam retomados ainda hoje ou amanhã (11).

Dimas Covas ainda fez um apelo à Anvisa, reconhecendo a importância da agência para o país.

"Quero acreditar que a Anvisa seja técnica e independente. É a guardiã sanitária do país, tem que se preocupar sim com tudo o que é produto de saúde, tem que ter critérios. Ela é reconhecida internacionalmente. Se esse episódio representa aguma mudança... não creio e não quero acreditar nisso. Vou atribuir a uma dificuldade comunicação", concluiu Dimas.

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