Na manhã desta terça-feira (23/05), o programa Notícias da Boa, da Rádio Jornal Meio Norte, com apresentação da jornalista Cinthia Lages recebeu em seus estúdios o diretor de operações e fiscalização da Superintendência de Transportes e Trânsito (Strans), coronel Jaime Oliveira, que falou sobre as abordagens da equipe da Strans com relação aos motoristas do aplicativo Uber, em Teresina.
No último final de semana, um agente da Strans, durante uma abordagem na Rodoviária de Teresina, solicitou que uma mulher mostrasse sua aliança para comprovar que era casada com o homem que tinha ido pegá-la e que não se tratava de uma passageira entrando em um Uber. O caso gerou revolta entre os teresinenses que questionaram a ação da equipe.
De acordo com o coronel, o procedimento é inaceitável e o fato não irá mais ocorrer. “Eu fiz uma reunião com o gerente e supervisores a respeito da fiscalização. A orientação é que a abordagem será feita apenas se flagrar a pessoa fazendo a operacionalização do sistema Uber, ou em uma blitz, se a pessoa de forma voluntária disser que está usando o UBER a gente aplica a lei. Caso contrário não será feito uma abordagem, é inaceitável esse tipo de procedimento que ocorreu na Rodoviária de Teresina”, disse.
“O que existe hoje é que estão jogando a sociedade e a imprensa contra o taxista, o caminho não é esse. Nós estamos no caminho da legislação. São Paulo está regularizado através de uma lei municipal, o que aqui tem que acontecer é exatamente isso aí, é o que eu espero e o que deve acontecer. Nós trabalhamos em um órgão de operação e fiscalização, uma das missões é fiscalizar irregularidades, a situação hoje é irregular, em desarmonia com as leis, o exercício irregular de qualquer profissão é crime, tanto faz ser plataforma Uber como qualquer outra atividade praticada por qualquer cidadão”, afirmou o coronel.
Ainda segundo ele, essa rixa entre os meios de transporte é antiga. “Em 2002 quando comandei o batalhão de trânsito começou a briga entre mototaxista e taxista, que chamavam de pirata. Houve também esse mesmo acirramento e terminou culminando com a legislação municipal. Penso que o caminho que vai acontecer com o Uber é esse, não vejo é como termos uma operacionalidade ir contra a lei municipal, lei de trânsito e lei de mobilidade urbana. É preciso chegar no meio termo antes que aconteça um caso mais grave”, afirmou Jaime Oliveira.
O coronel destacou ainda que a orientação feita para os supervisores é que não devem mais permitir que nenhum taxista entre no serviço da Strans. “Quando nós tivermos na nossa operação nenhuma outra categoria deve interferir no trabalho do agente de trânsito. Nós não estamos lá para atender pedido de categoria a, b ou c, estamos lá para cumprir legislação porque não tem previsão legal para atuarem por enquanto”, finalizou.