Coronel preso pelo 8/1 é encontrado desmaiado em cela e levado ao hospital

Naime foi detido por omissão ou conivência de autoridades nos ataques golpistas do 8 de janeiro

Naime foi hospitalizado às pressas | Vinícius Schmidt
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Na manhã desta quinta-feira (13), o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), foi encontrado desacordado na cela em que está preso nas instalações da corporação. Ele foi levado às pressas para um hospital. Naime foi detido em 7 de fevereiro como parte da investigação sobre omissão ou conivência de autoridades nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Segundo informações de familiares, Naime recebeu atendimento no Hospital de Base e foi liberado ainda durante a madrugada. Constatou-se que ele estava caído e inconsciente, com um armário sobre seu corpo. Após a remoção do móvel, Naime recebeu tratamento no local. Ele recuperou a consciência e não apresentava sinais de lesões ou fraturas.

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Inicialmente, o coronel foi levado a um hospital particular por volta da meia-noite. No entanto, devido à sua condição de detento, ele teve que ser encaminhado ao Hospital de Base, uma instituição pública. Após passar por exames, Naime retornou ao batalhão onde está detido por volta das 4h.

Detenção

Naime está preso há cinco meses. Na última sexta-feira (07), o pedido de liberdade feito pela defesa do coronel foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes considerou que a manutenção da prisão é necessária para preservar a ordem pública e a instrução criminal, devido à posição de liderança que Naime ocupava na corporação. A defesa do coronel irá recorrer da decisão, alegando o excesso de prazo na prisão preventiva, que já ultrapassa os 152 dias.

Naime estava de folga no dia 8 de janeiro e havia sido substituído pelo coronel Paulo José Ferreira. Durante os atos antidemocráticos, ele compareceu à Esplanada dos Ministérios, prendeu manifestantes e acabou ferido por um rojão. A defesa alega que Naime estava de folga havia sete dias antes dos eventos, com autorização do alto comando da PMDF para fazer exames de saúde e passar um tempo com a família.

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