O corpo da empresária Eliana Tranchesi, ex-dona da butique de luxo Daslu, era velado por volta das 9h desta sexta-feira (24) no Hospital Albert Einstein, no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo.
Eliana morreu no início desta madrugada. A assessoria de imprensa do hospital não havia informado até o horário o motivo da internação da empresária. Segundo a assessoria, a causa da morte só será divulgada após autorização de familiares da empresária.
Eliana comandava a empresa fundada há mais de 50 anos anos por sua mãe, Lucia Piva. No fim de 2006, a empresária precisou retirar um tumor no pulmão.
O corpo de Eliana será enterrado do Cemitério do Morumby, na Zona Sul. Segundo o cemitério, o sepultamento ocorrerá a partir das 12h30.
Em março de 2009, Eliana foi condenada a 94 anos e meio de prisão por crimes como descaminho, formação de quadrilha e falsidade ideológica, como resultado da operação Narciso, da Polícia Federal (PF).
Ela chegou a ficar presa logo após o julgamento, mas foi solta por meio de um habeas corpus. Em fevereiro de 2011, os credores da Daslu aprovaram o plano de recuperação judicial que previa a venda da empresa.
A butique de luxo foi vendida ao Fundo Laep, do empresário Marcus Elias. Pelo plano, Eliana Tranchesi, que era controladora da Daslu, manteve a futura loja do shopping JK, para onde foram transferidas as operações da Villa Daslu.
A “antiga” Daslu, que ficou nas mãos da empresária, é, hoje, responsável por negociar os estimados R$ 500 milhões em dívidas com a Receita Federal.