O corpo de um homem de 37 anos ficou três dias dentro de um carro funerário por falta de necrotério em Hortolândia, a 105 km de São Paulo. Ele estava carbonizado e foi encontrado na periferia da cidade, na noite do dia 29 de junho. Após denúncia do caso, ele foi transferido para Sumaré, a 118 km da capital, no sábado (3) e enterrado em Campinas, a 93 km de São Paulo, nesta segunda-feira (5).
Logo que foi encontrado, o corpo foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Americana, a 127 km de São Paulo, já que Hortolândia não possui necrotério. Ele passou por exames e foi liberado, mas como não havia sido identificado, não pôde ser sepultado.
De acordo com a funerária que recebeu o corpo em Hortolândia, os funcionários tiveram que usar produtos químicos para que o mau cheiro não fosse percebido pela rua. Após três dias, no sábado (3), a família foi localizada e ficou indignada com a forma como o corpo estava sendo guardado.
Segundo a proprietária da funerária, o corpo foi mantido dentro do carro porque a cidade não possui geladeiras para o armazenamento de cadáveres. O corpo carbonizado tornou o reconhecimento pelos familiares difícil e, por isso, eles tiveram que verificar os objetos encontrados com a vítima para se certificar da identidade do homem. O caso foi solucionado nesta segunda (5) e só então o corpo pôde ser enterrado. O sepultamento ocorreu nesta tarde, no Cemitério dos Amarais, em Campinas.