A diferença de rendimento do trabalho entre homens e mulheres tem se ampliado no Piauí desde 2017, quando foi registrada a menor desigualdade entre os sexos. O crescimento fez a variação chegar, em 2020, ao mesmo índice obtido em 2013. As informações são do módulo “Rendimento de Todas as Fontes”, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) 2020, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conforme a pesquisa, as pessoas do sexo feminino tiveram rendimentos 15,4% inferiores àquelas do sexo masculino em 2020, no Piauí. Em média, as mulheres tiveram rendimento mensal de R$ 1.262 no ano passado, enquanto o valor médio para os homens foi de R$ 1.492. Ou seja, diferença média de R$ 230 entre os sexos.
Em 2013, foi registrada a mesma proporção de desigualdade entre os sexos no estado. Com o rendimento médio mensal dos homens em R$ 1.600 e o das mulheres em R$ 1.353, a diferença também era de 15,4% a menos para o sexo feminino. Equivalia, em média, a R$ 247 a mais para os homens.
Desde 2017, quando foi registrada a menor diferença no estado, a desigualdade tem crescido. Em média, as mulheres tinham ganhos 8,2% menores que os dos homens em 2017, proporção que passou a 10,9% em 2018 e chegou a 13,3% em 2019. Apesar do aumento nos últimos anos, a maior diferença foi em 2015, quando as mulheres tinham rendimentos 21,8% menores que os homens do Piauí.
A pesquisa mostra que a desigualdade nos rendimentos do trabalho por sexo existe em todo o país e, inclusive, com índices maiores que os do Piauí. Em 2020, o rendimento médio das mulheres brasileiras foi 21,6% inferior ao dos homens. Enquanto os ganhos médios foram de R$ 2.687 para o sexo masculino, o valor foi de R$ 2.107 para o sexo feminino, uma diferença de R$ 580 entre os sexos.