Uma cena corriqueira no centro da capital condiz com veículos estacionados nas calçadas e pedestres correndo perigo ao terem sua rota de passagem impedida.
A infração comum parece fazer parte da cultura de alguns motoristas, que mesmo após constantes autuações seguem a perpetuar a prática proibida.
Ano a ano os casos crescem, dados que constatam o intenso trabalho da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) e põem em evidência a má educação por parte de certos condutores.
Campanhas educativas são lançadas frequentemente como modo de combater tal infração e propor uma consciência em torno da questão, porém os autos de ocorrência do tipo seguem a evoluir.
A saída para a resolução então pode estar nas multas aplicadas, nesse sentido o trabalho dos fiscais se difunde por diversas zonas da capital, sendo expandido até mesmo para aquelas que anteriormente não estavam em voga. O trato com o público, no entanto, não é simples, em muitas ocasiões eles chegam a sofrer ameaças e diversos constrangimentos.
A reclamação dos pedestres se confunde com os interesses da Strans, que através de sua assessoria de imprensa revela que tem feito o possível para coibir o uso das calçadas como estacionamento.
“Fica difícil transitar, sempre tem algum veículo impedindo a passagem, a situação é ainda pior para os idosos e pessoas com deficiência”, afirma a dona de casa Alice Oliveira.
O trabalho tem sido realizado diariamente, autuando e até mesmo rebocando os carros parados em pontos proibidos. O trabalho estaria sendo intensificado no decorrer de toda a capital, inserindo ações coercitivas ao longo das vias.
Desse modo, de acordo com os dados divulgados no último mês, 2.084 autuações foram realizadas na cidade, contra 1.746 em junho. O crescimento percentual foi de 19,35%.
Comparando com o mês de maio, a evolução nos índices é ainda mais perceptível, girando em torno de 33%, na ocasião o órgão registrou 1566 ocorrências do tipo.
A expectativa da população é que com a intensificação da fiscalização, finalmente as calçadas possam ser liberadas para o fluxo. Já que em muitos casos seguem apenas sendo uma extensão da avenida, conferindo riscos substanciais de acidentes.