Uma menina de nove anos ficou sem cabelo após passar por uma escova progressiva e ter forte reação alérgica. A paciente precisou ficar 21 dias internada em Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo) e foi submetida a duas minicirurgias.
O pai, José Flávio de Souza, realiza uma campanha para comprar uma peruca e remédios para o tratamento da filha. Ele diz ter levado Yasmin, até uma cabeleireira que trabalhava em casa, dentro do mesmo conjunto de condomínios onde mora, para fazer uma hidratação no cabelo. O pai deixou a filha no local.
"Quando eu voltei, a moça tinha feito uma progressiva nela. Eu perguntei se poderia, por ela ser criança, mas ela respondeu que não tinha problema porque era um produto orgânico", diz o pai.
O pai conta que três dias após o procedimento Yasmin passou a vomitar, ficou com os olhos inchados e ele a levou ao hospital. O tratamento inicial foi com antialérgico e anti-inflamatório. Depois de 10 dias, a menina teve uma inflamação muito forte e foi submetida a duas minicirurgias para colocar drenos na cabeça.
"O médico falou que por pouco ela não ficou cega, porque o formol entrou pelo couro cabeludo dela e quase chegou aos olhos", conta o pai.
Agora, Yasmin continua o tratamento em casa e ganhou uma peruca, porque o cabelo, que precisou ser raspado no hospital, deve demorar para crescer totalmente. A menina ganhou uma peruca, mas em alguns momentos precisa ficar sem, para fazer a higienização.
"Ela está muito triste, não quer ir para a escola, sair de casa. Está indo só ao médico uma vez por semana para avaliação e também está passando com o psicólogo. Enquanto isso, a cabeleireira nem procurou a gente pra saber como a minha filha está. Ela só diz que não foi o produto que ela usou, porque é orgânico. Um advogado vai entrar com uma ação contra ela e a marca do produto", diz o pai.