A criança de apenas cinco anos de idade que estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, do HUT, após ter sido baleada juntamente com dois adolescentes no Residencial Frei Damião, na zona Sudeste de Teresina no último dia 30, recebeu alta médica nesta quinta-feira (09/08).
De acordo com o médico Gilberto Albuquerque, diretor geral do HUT, a menina não terá complicações apesar de ter sido atingida no pulmão, no estômago e no fígado. "Nós fizemos todos os procedimentos necessários e foram corrigidas alterações. Houve a retirada de drenos e agora ela consegue se alimentar sem problemas", informou, acrescentando que não há indícios de possíveis complicações.
A criança, que permaneceu 10 dias internada, foi atingida pelos disparos, levada para o HUT e, logo depois, transferida para Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Devido procedimentos, ela já respirava sem ajuda de aparelhos e chegou a ser entubada, procedimento realizado logo após a entrada na unidade hospitalar.
Entenda o caso
A criança e mais dois adolescentes, sendo um de 15 anos e outro de 16 anos, foram atingidos por disparos efetuados por criminosos que estavam em um carro modelo Celta de cor prata, por volta das 15h da tarde de segunda-feira (30).
O adolescente de 15 anos que foi baleado junto com a criança foi ouvido pelos policiais do 8º batalhão e afirmou em depoimento que não conhece o autor dos disparos e muito menos tem envolvimento com a criminalidade.
Um menor de 17 anos foi apreendido um dia apóso crime acusado de atirar contra a criança e os dois adolescentes Residencial Frei Damião. O jovem foi encontrado dentro de sua residência, no bairro Renascença, e sob efeito de entorpecentes. O menor teria confessado o crime.
Investigações
A Polícia Civil acredita que os adolescente possam ter sido confundidos em um suposto acerto de contas, segundo a delegada responsável pelo caso, Laura Monteiro.
“Por enquanto nós estamos começando as investigações, fomos até o local nas primeiras horas da manhã do dia. Nós trouxemos os adolescentes que estavam no local e foram atingidos para cá, para prestarem depoimento. O cenário do que eles falaram e do que foi apurado até agora, indica para um possível acerto de contas. Talvez como os adolescentes não tinham passagem, nem as outras pessoas que estavam no local tinham passagem, talvez fosse o alvo errado, alguma coisa nesse sentido. A gente ainda está investigando para poder fechar esse diagnóstico”, comentou.