Para que uma criança se desenvolva de maneira adequada à sua faixa etária, tanto física como psicologicamente, é necessário que esta seja acompanhada por médicos e por seus próprios pais ou responsáveis, nos seus primeiros mil dias, período que compreende os 270 dias da gestação somados aos 730 dias relacionados aos dois anos do bebê .
E como uma forma de alertar a sociedade aos cuidados iniciais dados ao público infantil, foi lançada a Semana do Bebê e da Criança, terça-feira (13), na Unidade Básica de Saúde, do Bairro Poti Velho, na zona Norte. O evento que tem como tema: “Nascimento e Desenvolvimento Saudável: a importância dos primeiros mil dias”, segue até este sábado (17).
As ações, promovidas pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), em parceria com a Unicef, serão realizadas nas UBS da capital e envolverá a comunidade em atividades como palestras, rodas de conversas, consultas puerperal, exposição de vídeos lúdicos e educativos, atividades físicas e ainda distribuição de materiais educativos.
Para Ranieri Santana, chefe do Núcleo de Saúde da Criança e Aleitamento Materno da FMS, o acompanhamento minucioso, da gestação até os dois anos, é essencial por ser nesta fase que pode ser tratada certas enfermidades. “O acompanhamento da criança não deve terminar após o nascimento, mas deve ser seguido para um melhor desenvolvimento. Os primeiros mil dias são a base de tudo. Por ser o período em que a criança tem o ápice do desenvolvimento cognitivo, quando ela aprende a falar, a interagir com o meio e os valores da vida”, esclarece.
Durante a abertura, foi inaugurada uma brinquedoteca na UBS do Poti Velho e aconteceu ainda o lançamento da cartilha Fluxograma de Atendimento - Consulta de Acolhimento Puerperal, em Teresina. Para Ranieri Santana, esses suportes, em especial a cartilha, orienta e reforça a prioridade do acompanhamento infantil. “A cartilha orienta aos pais sobre os principais cuidados que os filhos necessitam. Nela, há um fluxograma de consultas, principalmente, a puerperal, deve acontecer até sete dias após o nascimento. Funciona como uma revisão após o parto e ainda é o primeiro vínculo do bebê com a atenção básica”, explica.
A prática de levar a criança às consultas médicas, mesmo orientada pelos médicos, não é atendida por muitos pais, que só se atentam quando conseguem detectar alguma anormalidade nela. Diferente de muitos pais, a mãe de Isadora, 3 anos, e de Isabela, 7 anos, Daniela Matias não perde tempo e todo mês leva suas filhas a consultas rotineiras.“Procuro sempre trazer minhas filhas para ter esse acompanhamento. Minha preocupação é que elas estejam com as consultas e vacinas em dia. O evento só me mostrou que estou fazendo tudo direitinho com minhas meninas e isso me deixa feliz”, ressalta Daniela Matias, que confessa conhecer muitas mães que não tem os mesmos cuidados.