Em Canoas, no Rio Grande do Sul, frutas que deveriam estar no lixo s?o servidas ?s crian?as como parte da merenda escolar. O flagra foi feito com uma c?mera escondida pelo ?Jornal da Globo?. No refeit?rio, por exemplo, a ma?? j? havia passado da validade.
?N?s t?nhamos que tirar as partezinhas estragadas. ?s vezes, vinha peixe cru e o feij?o era uma ?gua s?. Quando n?o era terceirizado, era tudo bem feito, organizado. As crian?as comiam ? vontade?, revela a educadora Jussara Maciel.
Cada merenda custa ao munic?pio R$ 1,41. ?s vezes, ? servida apenas uma ma?? para cada crian?a; na central de abastecimento de Porto Alegre, a 12 quil?metros da escola, o mesmo tipo de ma?? ? vendido por R$ 0,17.
H? dois anos, a merenda escolar ? terceirizada em Canoas. S? em 2006, a SP Alimenta??o ? uma empresa paulista que fornece merendas a munic?pios em v?rios estados ? recebeu da prefeitura R$ 6,7 milh?es pelas refei?es.
Al?m disso, segundo o contrato, a SP Alimenta??o deveria fornecer a estrutura para o preparo da merenda, mas os equipamentos da cozinha s?o da prefeitura.
O presidente da Federa??o de Pais e Mestres tem percorrido as escolas para vistoriar a qualidade da merenda. ?A gente constata que a por??o ? muito pouca em algumas escolas, principalmente nas infantis?, diz Ademir de Oliveira.