A Procuradoria-Geral da Prefeitura de Curitiba (PGM) fez um novo pedido, neste sábado (28) à 12ª Vara da Justiça Federal para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja transferido da Superintendência da Polícia Federal, onde está preso desde o dia 7 de abril.
A solicitação da PGM cita o ataque a tiros que deixou duas pessoas feridas na madrugada deste sábado.
No dia 13 de abril, a Prefeitura de Curitiba realizou um primeiro pedido pela transferência de Lula do local, alegando que o fato de o ex-presidente estar preso na sede da Polícia Federal tem gerado transtornos aos moradores e a funcionários.
O primeiro pedido da PGM ainda aguarda decisão da Justiça. O Prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), afirmou que "o local oferece risco, transtorno à população, aos funcionários da própria PF, e atrapalha a rotina de prestação de serviços aos brasileiros que precisam da emissão de passaportes”.
Ainda de acordo com o município, o pedido também ressalta o protesto dos acampados, que "interrompeu por horas o trânsito na região, especialmente as linhas alimentadoras do Terminal Santa Cândida", próximo à PF.
Ataque
Por volta das 4h deste sábado, Jeferson Lima de Menezes, de 39 anos, foi atingido no pescoço após um ataque a tiros registrado no acampamento de apoiadores ao ex-presidente, segundo a Polícia Militar (PM).
Ele foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Trabalhador. Ele está internado em observação no Hospital do Trabalhador e seu estado de saúde é "responsivo e estável", de acordo com Secretaria da Saúde do Estado do Paraná (Sesa).
Às 14h45, a Sesa informou que a bala foi apenas de raspão e que não houve necessidade de intervenção cirúrgia.
Mais cedo, por volta das 10h, a Sesa havia dito que Jeferson estava internado a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital e que o estado de saúde dele era grave.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) disse que as primeiras informações são de que um indivíduo chegou ao local a pé e efetuou disparos de arma de fogo contra o acampamento.
Outro tiro atingiu um banheiro químico, instalado no local. Os estilhaços atingiram o ombro de uma mulher. Ela sofreu ferimentos leves. De acordo com a Sesp, a segurança foi reforçada no local.
No ínício da manhã, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, afirmou em uma postagem na rede social que o caso foi um "atentado" ao acampamento.