Defesa Civil de Maceió registra leve aceleração na movimentação do solo

O deslocamento vertical acumulado da mina n° 18 é de 1,80m e a velocidade vertical é de 0,26 cm por hora

Defesa Civil de Maceió registra leve aceleração movimentação do solo | Foto: UFAL/Agência Brasil
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A Defesa Civil de Maceió informou nesta terça-feira (5) que o afundamento do solo acima da mina 18 da Braskem mantém uma leve aceleração. Ontem (4), o boletim apontava que o deslocamento vertical era de 0,26 centímetros por hora (cm/h). No novo informe, divulgado na manhã de hoje, a velocidade passou para 0,27 cm/h. Com isso, o deslocamento vertical acumulado da mina é de 1,86 metros (m), apresentando um movimento de 6,5 cm nas últimas 24h. 

A mina 18 está localizada na região do antigo campo do Centro Sportivo Alagoano (CSA), no Mutange. A Defesa Civil informou que segue em alerta máximo devido ao risco iminente de colapso da mina. A equipe de análise do órgão ressalta que essas informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas

“Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo”, diz o boletim.

O afundamento em Maceió tem sua origem em irregularidades e atrasos por parte da empresa no processo de encerramento de suas atividades de exploração de sal-gema na capital alagoana. Relatórios da Agência Nacional de Mineração (ANM), responsável por monitorar o planejamento da mineradora desde 2020 para fechar as 35 cavidades operadas às margens da Lagoa de Mundaú, indicam que a Braskem demorou quase dois anos para decidir sobre o fechamento da Mina 18 utilizando o método de preenchimento com areia, o mesmo empregado em outros oito poços. 

A empresa alega estar em conformidade com as recomendações das autoridades. No entanto, o processo de preenchimento da mina em questão ainda não foi iniciado, apesar de estar programado para o dia 25, quatro dias antes de a Defesa Civil de Maceió emitir o primeiro alerta de risco de colapso. Mesmo nos outros poços onde o trabalho foi iniciado, o Ministério Público Federal identificou irregularidades no material utilizado, levando à suspensão da extração de areia pela mineradora.

O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), coordenou esforços de colaboração com o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) com o objetivo de mitigar os impactos causados pela atuação da Braskem em Maceió. No último dia 1º, o Ministério reconheceu a situação de emergência na capital alagoana. Com essa reunião de alinhamento no Ministério, a prefeitura de Maceió obterá acesso a políticas públicas em diversos ministérios, concentradas na assistência social aos residentes afetados.

(Com informações da Agência Brasil)

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