Já faz um ano que o goleiro Bruno Fernandes se entregava espontaneamente à polícia de Varginha (MG), para voltar à prisão. Depois de um breve período de retomada da carreira, onde atuou no Boa Esporte, time com base no município, o ex-atleta teve a liberdade revogada e voltou ao cárcere. Agora, a defesa luta para que o atestado de pena seja atualizado e espera que ele possa estar em liberdade já em julho para 'retornar ao futebol'.
Entenda
Bruno foi detido inicialmente em 2010 e depois condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samúdio e por sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. Ele também havia sido condenado por ocultação de cadáver, mas esta pena foi extinta, porque a Justiça entendeu que o crime prescreveu. Os crimes somados chegaram a 20 anos e 9 meses de prisão. As penas foram divididas e, como o homicídio é considerado crime hediondo, Bruno precisa cumprir 40% da pena dele para ter direito à progressão de regime.
Pena
Ao todo, o ex- goleiro precisa cumprir: 2/5 da pena por homícidio triplamente qualificado (17 anos e 6 meses) de Eliza Samúdio. Ou seja, 7 anos. 1/6 da pena por sequestro sequestro e cárcere privado do filho Bruninho (3 anos e 3 meses), que ao todo fica em 6 meses e 15 dias. O total da pena é de 7 anos, 6 meses e 15 dias.
O atestado de pena de Bruno hoje aponta para que ele pudesse obter o direito à progressão em dezembro deste ano, mas para o advogado de defesa de Bruno, Fábio Gama, com a inserção dos dias de trabalho após agosto de 2017, a pena pode ser remida e a data atualizada até para julho deste ano. Ainda segundo a defesa, a expectativa é que Bruno possa retomar a carreira assim que obtiver o direito à progressão de pena. "Eu acredito que em julho ele já possa estar no semiaberto, e daí realizar o desejo dele que é retornar ao futebol", diz Gama.