Delegados e peritos do Piauí protestam por melhorias salariais

O delegado Samuel Silveira relatou ao Meionorte.com que os delegados de polícia estão insatisfeitos com a postura do Governo do Piauí diante da segurança pública

Delegados e peritos | Reprodução
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Delegados e peritos da Polícia Civil do Piauí realizaram, na manhã desta sexta-feira (18), uma manifestação no pátio da Secretaria de Administração e Previdência (Seadprev), no Centro Administrativo, em Teresina. A categoria reivindica melhores condições de trabalho e aumento salarial.

A secretária da Administração e Previdência, Ariane Benigno, e outros secretários de Governo se reuniram, por volta das 10h30, com membros do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil do Piauí (Sindepol) e da Associação dos Peritos Criminais Odonto e Médicos Legistas do Estado do Piauí (Apecom) para discutir as requisições dos profissionais. Após a reunião, foi definido que Governo do Piauí vai atender os pedidos dos delegados e peritos criminais.

Membros do Sindepol e da Apecom (Foto: reprodução)

O delegado Samuel Silveira relatou ao Meionorte.com que os delegados de polícia estão insatisfeitos com a postura do Governo do Piauí diante da segurança pública. Dívida com servidores, delegacias sucateadas, combustível limitado para viaturas policiais e falta de itens básicos para escrivões são as principais reclamações da classe responsável pela segurança. Segundo o Anuário de Segurança Pública, o Piauí é o último estado no ranking de investimentos na área.

Além dos problemas de infraestrutura e investimentos, o Sindepol alega que o governo não cumpre decisões judiciais de pagamento do auxílio insalubridade e de correção dos subsídios devido a promoções. O sindicato afirma ainda que estado tem uma dívida com os servidores que corresponde a cerca de 30% de perda salarial pela ausência da reposição inflacionária durante esses últimos anos.

 "Não somos valorizados. A estrutura oferecida pelo estado é precária, carente pela parte física e também carente de reconhecimento individual dos seus profissionais. Há uma defasagem salarial da categoria. Desde 2013 não há uma discussão sobre um novo plano de cargos de salários, o que deixa toda a categoria instável”, disse Samuel.

Delegado Samuel Silveira (Foto: Raissa Morais)O resultado da insatisfação é um anseio por uma paralisação, relatou o delegado. Caso não seja feito um acordo entre a categoria e representantes da Seadprev, policiais e peritos criminais informaram que vão cruzar os braços a partir do dia 20 deste mês como forma de protesto.

“Podemos parar no domingo. Estamos nos movimentando por uma negociação com o governo para uma melhor estrutura na Polícia Civil e valorização dos profissionais que atuam na Polícia Civil. Queremos o aumento de 10%, uma vez que a Polícia Civil não parou durante a pandemia, e aumento dos subsídios”, relatou o perito criminal Rafael Pereira Rocha.

Em nota, o Governo do Estado reafirmou a manutenção do Estatuto da Polícia Civil e destacou que os investimentos em segurança pública devem ser viabilizados através de Comissão a ser criada com a participação de delegados e peritos criminais do Piauí. O secretário de Governo, Osmar Júnior declarou que vai manter aberta a negociação que a prioridade é a concessão do reajuste linear de 10% para todos os servidores públicos estaduais.

Confra a nota na íntegra:

Atendendo às reivindicações da categoria, o Governo do Piauí reafirma a manutenção do Estatuto da Polícia Civil. A confirmação foi dada pelos secretários de Governo, Osmar Júnior, e de Administração, Ariane Benigo, na manhã desta sexta-feira, 18, em reunião com o delegado Geral da Polícia Civil, Luccy Keiko; representantes da Secretaria de Segurança, Secretaria de Fazenda, Sindicato de Delegados da Polícia Civil do Piauí (Sindepol), e da Associação dos Peritos Criminais, Odonto e Médicos Legistas do Piauí (Apecom).

A categoria solicita mais investimentos em segurança pública e reestruturação da carreira, que devem ser viabilizadas através de um Comissão a ser criada com a participação de todos os entes envolvidos na negociação. "Vamos manter aberta a negociação", afirmou o secretário de Governo, observando que a prioridade é a concessão do reajuste linear de 10% para todos os servidores públicos estaduais.

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