Dentista morreu de febre maculosa, diz laudo; veja o que se sabe

O piloto foi internado em um hospital em Jundiaí, no estado de São Paulo, enquanto a dentista foi internada em uma unidade da capital.

Casal não resistiu e veio a óbito depois de sintomas de febre maculosa | Reprodução/Instagram
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No dia 8 de junho, o piloto Douglas Costa, de 42 anos, e sua namorada, a dentista Mariana Giordan, de 36 anos, faleceram depois de apresentarem sintomas como febre, dor e erupções vermelhas no corpo. Eles haviam realizado uma viagem pelo interior de São Paulo e Minas Gerais. Nesta segunda-feira (12), o Instituto Adolfo Lutz comunicou que a causa da morte de Mariana foi febre maculosa

A doença estava entre as possíveis causas dos óbitos, que também incluíam dengue ou leptospirose. Até o momento desta atualização, a análise da amostra de Douglas ainda não havia sido concluída. Após terem visitado duas áreas rurais de Campinas, no interior de São Paulo, e Monte Verde, em Minas Gerais, o casal começou a apresentar sintomas. O piloto foi internado em um hospital em Jundiaí, no estado de São Paulo, enquanto a dentista foi internada em uma unidade da capital. 

Vítimas 

As vítimas são Douglas Costa, um piloto de 42 anos, e sua namorada, Mariana Giordan, uma dentista de 36 anos.

Sobre os óbitos

Os óbitos foram constatados na quinta-feira (8). O empresário Douglas Pereira Costa foi sepultado no Cemitério de Itupeva, em São Paulo, na sexta-feira (9).

Mariana Giordano também faleceu na quinta-feira (8) e seu corpo foi sepultado na capital paulista, conforme informado por amigos.

 E quanto as mortes?

As mortes estão sendo investigadas inicialmente como suspeita de dengue, febre maculosa e leptospirose. No entanto, na noite de segunda-feira, a Secretaria Estadual de Saúde divulgou que Mariana Giordano faleceu devido à febre maculosa. A investigação continua para determinar a causa exata das mortes e esclarecer as circunstâncias relacionadas ao caso. 

Febre maculosa e os sintomas

A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria transmitida pela picada de carrapatos infectados. Não ocorre transmissão direta de pessoa para pessoa por contato. Os sintomas podem ser semelhantes aos de outras doenças que causam febre alta. Quanto ao início dos sintomas, de acordo com a ficha de notificação, eles se manifestaram no dia 3 de junho com febre, dores no corpo e exantema, evoluindo posteriormente para um quadro mais grave.

Passos do casal

O casal visitou uma área rural em Campinas (SP) antes do dia três de junho, e também esteve em Monte Verde, um distrito de Camanducaia (MG), nos dias três e quatro de junho.

Posição das prefeituras sobre o caso

A Prefeitura de Jundiaí (SP) divulgou que está investigando a causa da morte do empresário. Por sua vez, o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas (SP) informou que iniciou uma investigação sobre a passagem do casal pela cidade.

Em comunicado divulgado, a Prefeitura de Camanducaia (MG) afirmou que, devido ao período de incubação da febre maculosa, que varia de dois a 14 dias, é improvável que a doença tenha sido contraída no distrito, apesar de o casal ter visitado Monte Verde no dia em que os sintomas começaram. A administração municipal também ressaltou que não há registros de casos de febre maculosa e carrapatos estrela há mais de 20 anos e que serão tomadas todas as medidas necessárias de investigação epidemiológica para garantir a saúde dos moradores e turistas.

Estudos sobre a febre maculosa

Em nota, a Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) expressou preocupação com as mortes causadas pela Febre Maculosa. Segundo a entidade, nos últimos anos, o Estado tem enfrentado um enfraquecimento da estrutura de pesquisa científica, que é essencial no que diz sobre a orientação das ações de vigilância epidemiológica.

Já no ano de 2016, a APqC também mencionou uma resolução conjunta entre o Estado e o Ministério Público (MPSP) estabeleceu normas para o controle da Febre Maculosa. Essas diretrizes atribuíam à Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN) a realização de pesquisas em áreas com casos confirmados da doença, identificação dos tipos de carrapatos, monitoramento e orientação aos municípios. No entanto, em 2020, durante o governo de João Doria, a SUCEN foi extinta.

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