A deputada federal Alessandra Silva (PSL-MG), foi retirada pela Polícia Federal (PF), na manhã desta terça-feira (25), de uma aeronave no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Região Metropolitana. Ela negou passar pelo processo de inspeção física da bagagem, alegando que foi chamada de "miliciana" e "genocida" por uma atendente.
Segundo informações do BH Airport, a concessionária que administra o aeroporto, durante o processo de inspeção dos pertences de mão da passageira, foi identificado um item proibido para o ingresso na Área Restrita de Segurança e também a bordo de aeronaves.
Diante disso, foi necessário um encaminhamento para a inspeção física da bagagem, conforme norma da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas, segundo a concessionária, a deputada não concordou com o processo e se dirigiu para a área de embarque do aeroporto, antes da finalização do procedimento de segurança e sem autorização. Neste momento, a PF foi acionada.
Ainda segundo a BH Airport, Alessandra seguiu para a aeronave, mesmo sendo alertada pela companhia aérea de que não estava autorizada. Já no interior do avião, ela foi chamada pela PF e conduzida novamente ao canal de inspeção. O item proibido foi retirado da bagagem, e a passageira foi liberada.
A assessoria da deputada Alessandra Silva afirmou, em nota, que ela iria embarcar no Aeroporto de Belo Horizonte com destino a Brasília. No detector de metais, a atendente de uma empresa que presta serviço ao aeroporto teria dito, ao abrir a bagagem da parlamentar em uma revista aleatória, que "mala de miliciana e genocida tem que ser revistada com cuidado”. Segundo a assessoria, a deputada se calou, fechou a mala e seguiu em direção ao portão de embarque.
Após o embarque, Alessandra teria ligado para o seu chefe de gabinete e pedido que ele entrasse em contato com a Delegacia da Polícia Federal do aeroporto para contar o ocorrido e dizer que ela já estava dentro da aeronave e não deixaria a atendente revistar a mala sem a presença de policiais. No entanto, a delegacia não teria atendido.
"Neste meio tempo, dois policiais federais adentraram na aeronave e, com muita truculência, fizeram a deputada descer do avião e levar a mala até o local de revista", disse a assessoria da deputada federal.
A assessoria de Alessandra Silva informou que "estão sendo providenciadas as medidas cabíveis junto à Anac, que tem responsabilidade objetiva e solidária em relação à funcionária da empresa terceirizada". Uma notificação oficial também será enviada à empresa.
Afirmou, ainda, que uma ação será ajuizada na corregedoria da Polícia Federal, devido à negativa de atendimento por telefone no aeroporto e ao modo de abordagem da deputada, "mediante truculência e abuso de poder".