Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam que o desemprego no Brasil foi de 12,4%, em média, no trimestre de julho a setembro. Em relação ao trimestre passado a taxa caiu (13%), mas em relação ao mesmo trimestre do ano passado a taxa subiu (11,8%).
Ainda segundo o IBGE, o número de desempregados no Brasil de julho a setembro foi de 13 milhões de pessoas. Isso representa uma melhora em relação ao trimestre anterior, com queda de 3,9% (menos 524 mil pessoas). Na comparação com o mesmo período de 2016, porém, são milhão 939 mil pessoas a mais sem emprego, um aumento de 7,8%.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (31) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.).
Carteira assinada e informalidade
O número de trabalhadores com carteira assinada ficou estável comparado ao período anterior: 33,3 milhões de pessoas. Em relação ao mesmo trimestre de 2016, houve queda de 2,4%, com menos 810 mil postos de trabalho com carteira assinada.
No trimestre, houve aumento de 1,8% dos trabalhadores por conta própria, com mais 402 mil pessoas, totalizando 22,9 milhões de pessoas nessa categoria. E foi egistrado crescimento de 288 mil pessoas sem carteira assinada, com um total de 10,9 milhões de ocupados sem carteira no país.
População ocupada
O número de pessoas com trabalho foi de 90,3 milhões entre julho e setembro, aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior, ou 1,1 milhão de pessoas a mais. Em um ano, o total de trabalhadores subiu 1,6%, o que equivale a cerca de 1,5 milhão de pessoas.
Rendimento de R$ 2.115
O rendimento real (ajustado pela inflação) do trabalhador ficou, em média, em R$ 2.115. O valor teve leve alta em relação ao período anterior (R$ 2.108), e também comparado com o mesmo período de 2016 (R$ 2.065). O IBGE considera que houve estabilidade nas duas comparações.
Comparações
No trimestre de julho a setembro de 2017, a taxa de desemprego foi de 12,4%:
* no período de abril a junho de 2017, havia sido de 13%
* no trimestre de junho a agosto de 2017, havia sido de 12,6%
* no período de julho a setembro de 2016, havia sido de 11,8%.
O número de desempregados foi de 13 milhões:
*no período de abril a junho de 2017, havia sido de 13,5 milhões
* no trimestre de junho a agosto de 2017, havia sido de 13,1 milhões
* no período de julho a setembro de 2016, havia sido de 12 milhões.
Metodologia da pesquisa
Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. São pesquisadas 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios.
O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.