Evite misturar uma variedade grande de alimentos, para não gerar confusão no paladar da criança. Seja para o lanche com frutas ou para as refeições principais com legumes e cereais, montar um prato colorido e criativo ajuda a aguçar o paladar dos pequenos
Refeições leves e saudáveis garantem a diversão, mas existe uma grande dificuldade das mães em unir praticidade com qualidade, e fazer com que os filhos aceitem o que é servido.
Pratos coloridos e divertidos podem ser uma alternativa para os pais na hora de servir as refeições para as crianças. Principalmente para aquelas que relutam em comer verduras e frutas, alimentos ricos em vitaminas e minerais. O hábito alimentar das crianças é formado nos primeiros anos de vida.
O período da primeira infância é o momento em que o visual da alimentação é de suma importância. Quanto mais estímulos uma atividade possui, seja cores, formas e sabores, melhor para os pequenos. Os pratos bem coloridos e divertidos são uma aposta incrível que pode transformar a hora das refeições.
Ingredientes saudáveis devem estar dentro dos pratos sempre. Por isso, o ideal é abusar da criatividade. Evite misturar uma variedade grande de alimentos, para não gerar confusão no paladar da criança. Seja para o lanche com frutas ou para as refeições principais com legumes e cereais. Montar um prato colorido e criativo vai conquistar os pequenos.
De acordo com a Gerente de Gastronomia do HCor – Hospital do Coração(SP), Juliana Simões, a alimentação é um dos requisitos essenciais para um crescimento contínuo e para a vida saudável de uma criança. Essa etapa inicia-se a partir da amamentação do recém-nascido e continua na introdução de novos alimentos, que normalmente se dá a partir dos seis meses. Neste momento, os pais devem ter disciplina na oferta de alimentos, pois a formação do hábito alimentar se dá nos primeiros anos de vida.
“A criança deve ser apresentada a uma grande diversidade de alimentos e preparações, priorizando os de boa qualidade nutricional como frutas, legumes, verduras e carnes magras. Neste momento não se deve oferecer alimentos industrializados ou ultra processados, pois estes irão prejudicar a introdução de alimentos saudáveis”, esclarece Juliana Simões.
Incentivo e bons exemplos:
É importante que a alimentação seja associada a um momento de prazer e não um momento frustrante de obrigação. A maneira de apresentar os alimentos deve ser de modo tranquilo e calmo, sem perder a paciência, seguindo um horário controlado e um cardápio equilibrado.
Todos esses elementos combinados irão proporcionar um excelente rendimento para a maturidade física e psicológica da criança. “Desde cedo, a criança deve ser incentivada a beber bastante água e evitar o consumo de alimentos como salgadinhos, doces e refrigerantes. A comida não deve ser oferecida a criança como um prêmio, castigo ou objeto de negociação”, pondera.
O ambiente da refeição deve ser tranquilo, sem TV, música e muito menos gritaria. Deixe as conversas sérias e broncas para depois. Todas as refeições (lanches inclusive) devem ser feitas à mesa. Sempre que possível, faça pelo menos uma das refeições principais com seus filhos. Se o horário de trabalho for muito complicado, tente estabelecer um dia da semana para isso, como rotina.
“Leve as crianças para a cozinha. Quando elas mesmas preparam os alimentos, certamente vão querer provar o que fizeram. É uma experiência lúdica, prazerosa, como deve ser a relação com a comida. Ir à feira com as crianças é um jeito divertido de apresentá-las ao mundo das frutas e verduras”, finaliza Juliana Simões.
Abuse da criatividade:
Coloque os alimentos que compõem a refeição separadamente no prato ou em cumbucas individuais. Eles devem ter cores e texturas diferentes. Deixe a criança se servir sozinha e provar cada uma das diferentes porções:
Para deixar a salada mais atraente, espalhe sobre as folhas croutons, batata-palha, ovo cozido picado, pedaços de frutas amarelas e vermelhas como manga ou morango;
Faça desenhos em cima do purê de batata. Nada complicado: pode ser um círculo ou uma espiral com ervilhas frescas ou congeladas. Não use as enlatadas;
Outra ideia é espetar flores de brócolis japonês cozidas al dente sobre o purê. Fica mais gostoso quando é a própria criança quem faz a decoração de seu prato;
Cremes ou pastas de vegetais servidos sobre torradas, frutas e legumes no espetinho também são maneiras simples de valorizar o visual da comida;
Espante o tédio da mesa variando o preparo de cada alimento: um dia sirva cru, outro em forma de bolinhos ou refogado, cortado em rodelas, ralado etc;
Brincar com a apresentação do prato não significa esconder algum tipo de alimento. Chuchu é chuchu, tomate é tomate, mesmo que eles sejam, por exemplo, apresentados em forma de flor.