RIO (Reuters) - As fortes chuvas da última semana, que deixaram ao menos 239 mortos no Estado do Rio de Janeiro, levaram as autoridades a fechar o acesso ao principal símbolo da cidade, o Cristo Redentor.
De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra o Parque Nacional da Tijuca e outros locais de conservação ambiental no Rio, há um risco aos visitantes em decorrência dos deslizamentos de encostas e das quedas de árvores no acesso ao morro do Corcovado.
"Equipes do ICMBio, da Prefeitura do Rio de Janeiro e da Secretaria de Cultura estão trabalhando para verificar os danos ocorridos e avaliar a segurança das instalações do Parque Nacional a fim de identificar os riscos existentes às pessoas e aos veículos", disse o instituto em nota.
Equipes estão trabalhando desde a semana passada para desobstruir as vias interditadas por árvores caídas e para retirada de escombros e da terra acumulada com os deslizamentos. No entanto, de acordo com o Instituto Chico Mendes, o acesso ao Cristo tanto por carro como por trem não tem previsão para ser reaberto.
As chuvas que começaram a cair na tarde do dia 5 de abril no Rio provocaram centenas de deslizamentos na capital e na região metropolitana. A maioria das 238 vítimas morreu soterrada.
O temporal foi considerado o mais forte já registrado no Rio nas últimas décadas, com 288 milímetros de chuva na capital em menos de 24 horas entre os dias 5 e 6 de abril. Meteorologistas disseram que nesse período choveu o que estava previsto para todo o mês.
A estátua do Cristo Redentor, inaugurada em 1931 e que está atualmente passando por reformas, foi eleita em 2007 uma das novas 7 maravilhas do mundo, numa eleição global realizada pela Internet.