Na quinta-feira, 30, o Ministério Público do Piauí, por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (CAOMA), com a parceria das Secretarias Municipais e Estadual de Meio Ambiente, Polícia Militar e IBAMA, divulgou os resultados da operação “Mata Atlântica em Pé – 2021″, durante evento virtual. A ação ocorreu também em outros 17 estados da federação e é coordenada pelo Ministério Público do Paraná (MPPR).
Foram realizadas vistorias em oito Municípios de Norte a Sul do Piauí, nos quais foram delimitados cerca de 20 alvos. Ao todo, mais de 300 hectares de área desmatada foram vistoriadas presencialmente, e mais de quatro mil e quinhentos hectares vistoriados através de sistemas remotos.
“No Estado do Piauí, entre as principais causas para o desmatamento do bioma Mata Atlântica, estão o avanço da fronteira agrícola e a expansão da urbanização, fatos que culminam no desmate de grandes áreas e no descumprimento de legislações e licenças pertinentes”, disse a coordenadora do CAOMA, promotora de Justiça Áurea Madruga.
Com o objetivo de combater essa realidade, o Ministério Público segue cobrado a atuação dos órgãos ambientais de fiscalização e denunciando os infratores, tanto na área penal, como na cível. “Nesse contexto, a Operação Nacional Mata Atlântica em Pé tem tido um papel fundamental no sentido de conclamar essas instituições e a sociedade para que atentem à necessidade de enfrentar tão grave problema, por meio de uma postura atuante e combativa”, finaliza a promotora.
DADOS NACIONAIS – 2021
Operação Nacional Mata Atlântica em Pé 2021 – dados parciais: 649 polígonos fiscalizados, 8.189 hectares de desmatamento confirmados e R$ 55.531.184,19 de multas lavradas.
Os dados da operação foram apresentados e discutidos durante uma live, ocorrida na tarde desta quinta-feira (30), e promovida pela Escola Superior do MPPR, em parceria com o Centro de Apoio das Promotorias de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente e de Habitação e Urbanismo, Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente – ABRAMPA, MapBiomas e Fundação SOS Mata Atlântica.
Dentre os temas abordados estão a utilização de tecnologia de georreferenciamento para o combate ao desmatamento, a análise das principais causas da continuidade do desmatamento, as dificuldades enfrentadas na fiscalização e as possíveis articulações para auxiliar na prevenção e inibição de novos ilícitos.