Desmatamento na Amazônia tem queda de 36% nos primeiros 4 meses de 2023

Nos últimos 16 anos, o desmatamento nos primeiros quadrimestres foi maior não apenas em 2022, mas também em 2021, quando houve um aumento expressivo,

Floresta Amazônica | Valter Campanato/Agência Brasil
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O desmatamento na Amazônia registrou uma queda de 36% durante o primeiro quadrimestre de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022, de acordo com o monitoramento realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O Imazon é uma organização que reúne pesquisadores dedicados ao estudo do uso e conservação dos recursos naturais da região desde 1990.

Entre os meses de janeiro e abril deste ano, a área desmatada parcial ou totalmente na Amazônia atingiu 1.203 km². No primeiro quadrimestre do ano passado, esse número foi de 1.884 km². Apesar da redução de quase um terço em relação ao período anterior, a área desmatada nos primeiros quatro meses deste ano ainda representa o terceiro pior resultado desde 2008 em termos de preservação do bioma.

Nos últimos 16 anos, o desmatamento nos primeiros quadrimestres foi maior não apenas em 2022, mas também em 2021, quando houve um aumento expressivo, atingindo 1.963 km². Com base na análise de imagens de satélite, os pesquisadores do Imazon concluíram que, em abril deste ano, houve uma queda de 72% no desmatamento, passando de 1.197 km² em abril de 2022 para 336 km² no mesmo mês deste ano.

"A redução observada em abril é positiva, porém, a área desmatada ainda foi a quarta maior desde 2008 para este mês", destaca a pesquisadora Larissa Amorim, referindo-se aos resultados dos três anos anteriores: 1.197 km² (2022), 778 km² (2021) e 529 km² (2020).

Larissa ressalta a necessidade de implementar ações emergenciais de fiscalização, identificação e punição aos desmatadores ilegais nas áreas mais pressionadas, com foco nas florestas públicas que ainda não possuem uso definido e nas áreas protegidas, especialmente com a chegada do verão amazônico, período em que historicamente o desmatamento tende a aumentar.

Apesar da redução geral do desmatamento na Amazônia no primeiro quadrimestre deste ano, houve um aumento da área degradada nos estados de Roraima e Tocantins. O estado de Roraima apresentou a situação mais crítica, com um aumento de 73% na devastação, passando de 63 km² entre janeiro e abril de 2022 para 107 km² no mesmo período deste ano.

Em Tocantins, o crescimento do desmatamento foi de aproximadamente 25%, passando de 4 km² entre janeiro e abril de 2022 para 5 km² no mesmo período deste ano.Apesar da queda do desmatamento no último período, os estados de Mato Grosso, Amazonas e Pará continuam sendo os que registraram as maiores áreas desmatadas na Amazônia. Entre janeiro e abril deste ano, Mato Grosso devastou 400 km² de floresta, Amazonas 272 km² e Pará 258 km², representando 33%, 23% e 21% do total na região, respectivamente. Ou seja, esses estados foram  responsáveis por 77% da floresta destruída no primeiro quadrimestre deste ano. (Com informações da Agência Brasil)

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