Será nesta quinta-feira (10), às 8h, a solenidade de entrega de certificados a 96 reeducandas da Penitenciária Feminina de Teresina que concluíram os cursos de capacitação em Embelezamento e Corte e Costura através do programa Qualifica Piauí, do Governo do Estado. A cerimônia acontecerá na própria unidade.
O projeto foi desenvolvido na Penitenciária por meio de parceria entre a Secretaria de Trabalho e Empreendedorismo e a Secretaria de Justiça do Piauí. Esta é a segunda turma formada no sistema penitenciário em um curso profissionalizante - a primeira foi na Colônia Agrícola Major César Oliveira, que capacitou 32 internos em Construção Civil.
Para Vanderlon Cardoso, gerente de Cursos Profissionalizantes da Diretoria de Humanização e Reintegração Social da Secretaria de Justiça, o Qualifica Piauí é importante, na medida em que abre oportunidades para os detentos terem uma perspectiva de vida melhor, ao vislumbrarem a possibilidade do trabalho.
"É uma chance a mais na vida dessas pessoas, que podem ter acesso a uma profissão e até garantirem um trabalho ao saírem da penitenciária. O projeto colabora, desse modo, com o processo de ressocialização das detentas, que podem mudar de vida ao voltarem para a sociedade", pontua Vanderlon.
O secretário de Trabalho e Empreendedorismo, Gessivaldo Isaías, destaca que está viabilizando outra ação importante na Penitenciária Feminina de Teresina: a emissão de Carteiras de Trabalho para as reeducandas, que, com a formação no curso, vão precisar do documento para terem condições de se empregar.
Cursos serão levados às demais penitenciárias
A Secretaria de Trabalho e Empreendedorismo e a Secretaria de Justiça planejam levar os cursos profissionalizantes do programa Qualifica Piauí para as demais unidades penitenciárias do Estado. A Penitenciária Feminina de Picos deve ser a próxima a receber os cursos de Embelezamento e Corte e Costura.
O secretário de Justiça do Piauí, Daniel Oliveira, enfatiza que o Governo do Estado também está buscando fomentar parcerias com empresas privadas para que possam abrir possibilidades de contratação de egressos do sistema penitenciário, como forma de reintegrá-los ao convívio social de forma efetiva e adequada.
"Nossos projetos são voltados para a reintegração dessas mulheres e homens à sociedade. Não basta capacitá-los. É preciso que viabilizemos, também, com o apoio dos empresários, trabalho para que possam construir uma nova e melhor vida depois que ganharem a liberdade", frisa o gestor.