Atualizada às 16h14
Um presidiário identificado como Luis Ricardo, mais conhecido como “Ringo”, natural de Piripiri, foi encontrado morto por volta das 06h da manhã deste sábado (12/10) dentro de uma das celas da Penitenciaria Regional José de Arimateia Barbosa Leite, em Campo Maior.
A perícia da polícia civil e o Instituto Médico Legal (IML) foram acionados e removeram o corpo que apresentava sinais de agressões. A informação foi confirmada pelo chefe de cartório da 5ª Delegacia Regional de Campo Maior, Baker Martins. “Estamos abrindo as investigações para apurar o que provocou a morte do detento. A suspeita é de homicídio, mas nada confirmado”, disse.
O corpo foi transferido para Teresina, onde será periciado. Caso se confirme a morte por espancamento, será o primeiro homicídio violento registrado dentro do presídio de Campo Maior desde a sua inauguração.
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí - Sinpoljuspi, Kleiton Holanda, o detento foi morto enforcado com um lençol utilizado pelos colegas de cela. Essa é a segunda morte registrada nos últimos três dias em presídios do Piauí.
Luis Ricardo estava cumprindo pena pelo crime de homicídio cometido no município de Piripiri, no Norte do Piauí.
“Ele foi executado por enforcamento pelos seus companheiros de cela. Foi um ataque silencioso, os agentes só viram quando ele já estava sem vida. O corpo já foi encaminhado para a família. Ele foi condenado a 16 anos pelo crime de homicídio e estava preso a 1 ano.” contou Kleiton Holanda.
Em entrevista ao portal meionorte.com, Kleiton Holanda contou que está foi a 7ª morte este ano nas penitenciárias do Piauí.
“Está é a sétima morte no Sistema Prisional do Piauí neste ano., é um índice considerado alto, foram 4 na Casa de Custódia, 1 na Penitenciária Irmão Guido e uma na Penitenciária de Parnaíba. Está unidade de Campo Maior foi inaugurada há dois anos e até então não havia registrado nenhuma fuga ou morte, este foi o primeiro.” disse.
O Sinpoljuspi também afirma que com o relocação de agentes penitenciarios para as novas unidades está prejudicando a fiscalizações dentro dos presidíos.
“Com a inauguração da unidade de Altos, muitos agentes penitenciários de todas as unidades foram realocados para a penitenciária nova, causando a falta de fiscalização devido a redução de servidores, que acaba facilitando que os detentos aproveitem para burlar as fiscalizações e cometerem delitos como este.” contou o presidente do Sinpoljuspi.
A Penitenciária de Campo Maior tem capacidade para 150 presos, mas atualmente tem 250, praticamente o dobro. A superlotação é o câncer do sistema prisional piauiense, combinando com a falta de servidores, pois além de muitos está sendo remanejados, outros também estão se aposentando.” contou
“Luis Ricardo estava em uma cela com outros 8 presos, que responderão pelo crime de homicídio do companheiro. O crime ocorreu no período noturno. A unidade possui sistema de monitoramento, câmeras de segurança, que podem contribuir na investigação.”