O detento Thiago César de Sousa, 32 anos, preso por tráfico de drogas gastou R$ 200 mil para contruir 112 quitinetes que seriam usadas para visitas instimas na Penitenciária Odenir Guimarães, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
As unidades foram construídas em menos de 20 dias, no final do ano passado, e estavam em fase final de acabamento quando foram descobertas.
O presidiário, dono dos imóveis, pretendia ter um lucro de R$ 120 mil mensais com os aluguéis. A investigação aponta que Thiago gastou R$ 120 mil na compra de material de construção e outros R$ 70 mil para pagar propina ao então diretor da unidade, Marcos Vinicius alves, que foi afastado do cargo desde o final de 2015.
Equipes do serviço de inteligência da Superintendência de Administração Penitenciária (Seap) descobriram a construção ilegal e fizeram a denúncia ao órgão que mandou destruir o motel.
A Lei de Execuções Penais garante ao preso um local para encontros íntimos em dia determinado pela direção da unidade prisional. Pela legislação em vigor, é necessário que haja um desses locais para cada grupo de 100 presos. Essa exigência era cumprida no presídio de Aparecida de Goiânia. No ano passado, na ala onde foi construído o motel havia cerca de 400 presos. Na mesma unidade, de 12 a 20 quartos de alvenaria estavam disponíveis para as visitas íntimas.