Devido à Covid-19, Piauí teve maior aumento de óbitos dos últimos dez anos

Os dados são das Estatísticas do Registro Civil 2020, levantamento que é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Em 2020, o Piauí teve o maior aumento de óbitos dos últimos dez anos | Reprodução/Internet
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Em 2020, quando a pandemia de Covid-19 se propagou pelo mundo, o Piauí teve aumento de 12,5% na quantidade de óbitos em relação ao ano anterior. É o maior crescimento de mortes de habitantes do estado verificado nos últimos dez anos. Os dados são das Estatísticas do Registro Civil 2020, levantamento que é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

De 2010 a 2019, o estado teve crescimento médio anual de 3,2% no número de óbitos. Com a inclusão dos dados de 2020, a média de aumento subiu para 4,2% ao ano. Em comparação às 18.436 mortes de habitantes do Piauí registradas em 2019, mais 2.313 pessoas perderam a vida em 2020, totalizando 20.749 óbitos.

Situação semelhante foi verificada no Brasil, que teve aumento de 14,9% na quantidade de óbitos entre 2019 e 2020. Isso significa que ocorreram 196 mil mortes a mais em 2020, quando comparado ao ano anterior. O aumento médio anual que foi de 1,8% entre 2010 e 2019, subiu para 3,1% com os dados de 2020.

Todos os estados do país tiveram crescimento de óbitos em 2020. O Piauí teve o quinto menor aumento (12,5%), à frente apenas do Paraná (10,6%), Santa Catarina (9,5%), Minas Gerais (7,9%) e Rio Grande do Sul (4%). O Amazonas registrou a maior variação, com crescimento de 32%.

No Piauí, em 2020, cerca de 58,4% dos falecidos eram do sexo masculino e 41,6% do sexo feminino. A maior parcela de óbitos ocorreu entre pessoas com idade de 80 a 84 anos, com 2.567 registros, o que representa 12,3% do total de mortes. O maior pico de mortes do estado ocorreu no mês de julho, com 2.064 ocorrências, o equivalente a 10,3% do total de óbitos.

No Brasil, o perfil dos falecidos é semelhante ao Piauí: 56% eram do sexo masculino e 44% do sexo feminino; o grupo etário com mais óbitos também foi o de 80 a 84 anos, com 169 mil registros, o que equivale a 11,2% do total. Já o mês com maior número de mortes foi maio, com 149 mil ocorrências, o que representa 9,9% do total de óbitos.

As Estatísticas do Registro Civil são divulgadas anualmente pelo IBGE. A pesquisa reúne as quantidades de nascidos vivos, casamentos, óbitos e óbitos fetais informados pelos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais, bem como os divórcios declarados pelas Varas de Família, Foros, Varas Cíveis e Tabelionatos de Notas do país.

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