Cerca de dois mil cadeirantes estão sem a capacidade de se deslocar em Teresina por conta da paralisação do Transporte Eficiente. Nesta segunda-feira (12), sexto dia de paralisação, o Sindicato da categoria esteve reunido em tratativa com representantes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans).
"O não pagamento dos meses de dezembro, fevereiro e março para a empresa que operacionaliza o transporte eficiente, se deu por conta de uma pendência administrativa”, disse Wilson Gomes, presidente do Sindicato dos Cadeirantes de Teresina.
Na reunião, a Strans explicou que há um indicativo de licitação para novas empresas que queiram operar esse sistema. "A Strans confirmou que há 18 empresas interessadas, mas sem detalhe de quando seria a licitação e se realmente iria haver", completou Wilson Gomes. Conforme o sindicato, mais de 2 mil cadeirantes estão cadastrados no Transporte Eficiente e, diariamente, em torno de 200 a 300 pessoas utilizam o serviço na Capital.
O encontro com o superintendente da Strans, major Claudio Pessoa, teve o objetivo de solucionar a situação entre a empresa Santa Cruz e o órgão responsável. Desde a terça-feira (6/4), os cadeirantes estão sendo prejudicados pela suspensão do serviço. "Quem sofre são as pessoas mais carentes que precisam de tratamento médico, que necessitam de hemodiálise ou fisioterapia e tantas outras atividades ", justifica o presidente.
Transporte Eficiente Teresina - Foto: Reprodução
Frota reduzida
Em alguns dias da semana passada apenas 50% da frota trafegou. Na manhã desta segunda-feira (12), o serviço parou em sua totalidade.
"Teve um dia que rodaram apenas quatro carros, sendo que são 18. De quinta a sábado o transporte parou 100%", afirmou Wilson Gomes. O transporte eficiente funciona de domingo a domingo, inclusive aos feriados.
A Strans afirmou, por meio de nota, que está aguardando a regularização de pendências de documentos junto à Procuradoria Geral do Município para realizar o repasse à empresa Santa Cruz.
“Sobre a greve dos funcionários da empresa, a Strans não interfere nas questões trabalhistas. No que diz respeito ao pagamento da empresa, estamos aguardando apenas o trâmite burocrático para a realização do pagamento”, afirmou.