Dona Maria Edite é uma prova de que coração de mãe não conhece limites. Ela adotou Tom, um rapaz com paralisia cefálica que vivia no Hospital Getúlio Vargas há 17 anos, que segundo ela, é hoje o amor da casa. Dona Edite tinha na época outros três filhos, e tempos depois, adotou também Francisca Larissa, jovem com lesão medular que encontrou um lugar no enorme coração de Dona Edite.
Há mais de 17 anos, quando dona Edite trabalhava no setor de serviços gerais do HGV, conheceu Tom, que foi abandonado pela mãe biológica quanto tinha apenas 14 dias. Ele morava no hospital, e dona Edite começou a levá-lo para sua casa aos finais de semana. Com o tempo, o amor de mãe por Tom foi ficando mais forte, e o garoto, que tinha 17 anos na época, conseguiu conquistar toda a família, os três filhos e o marido de dona Edite.
"Até quando eu levei ele para passar um mês em casa, e quando fui deixar ele de volta no hospital, disseram que não podiam mais ficar com ele, iam levar ele para o Sanatório Meduna. Eu nem tinha pensado em adotar ele, mas quando eu soube, perguntei para meu esposo e meus filhos, o que eles achavam, e concordaram", conta dona Edite. Daí, todas as dificuldades da criação de Tom foram sendo superadas, e hoje, Tom tem 32 anos, e é a alegria da casa.
"Eu sou orgulhosa demais", afirma dona Edite, com um sorriso no rosto, ao falar de sua vida e de seus filhos. A outra filha de coração dela, Larissa, está impossibilitada de caminhar, mas está fazendo tratamento e deve melhorar logo. E Tom, segundo dona Edite, vai ser sempre o "bebezão" da família.