O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) está no centro do debate. O diretor da unidade, Gilberto Albuquerque, declarou que avanços já foram realizados, mas cobrou um empenho maior do Governo. "Estamos enfrentando um momento ruim, porque vários hospitais do interior já encerraram suas atividades neste ano alegando que não possuem recursos, os profissionais que estão lá não estão assegurados que vão receber, então acabam não atendendo", afirmou.
Há anos a regulação de leitos é debatida, mas até o momento o tema se arrasta. "Precisa implantar a regulação de leitos estadual, pois está há 3 anos nesse processo e nada. Há uma irregularidade nessa assistência, porque tudo que acontece, por exemplo, se quebra um equipamento em determinado hospital e ele para de funcionar, os pacientes vêm para o HUT, se o médico não vêm trabalhar em determinado hospital os pacientes vem pro HUT, então é assim". Albuquerque defende que o HUT está em pleno equilíbrio. "Quando chegamos no HUT tinha 280 pacientes internados e mais 300 fora dos leitos de internação, quanto maior a aglomeração de pacientes, maior a chance de contaminação de um para o outro, agora nós já conseguimos o equilíbrio no número de pacientes que chegam, dos que são internados ou que realizam cirurgia e dos que são transferidos, então, daquelas 170 macas que nós temos nos corredores hoje já estamos sem ela", comentou.
Por fim, o diretor criticou a adoção de dados antigos quanto a situação na unidade, para ele, o número de mortes não é real. "A estatística depende de quem interpreta e do modo como os dados foram coletados, pegaram no relatório, por exemplo, o número de óbitos no necrotério do HUT, ou seja não são só os pacientes que morrem no HUT, parte é provenientes, de outros hospitais e maternidades, pois temos geladeira, então isso leva a um número de óbitos irreal, que não é do hospital, e sim que passam pelo necrotério", complementou.