A discussão da PEC da reforma da Previdência para os servidores do estado de São Paulo se transformou em uma briga entre deputados nesta quarta-feira (4). As informações são do UOL.
O deputado Arthur do Val (atualmente sem partido) falava ao microfone quando deputados da bancada do PT (Partido dos Trabalhadores), do PSOL e outros parlamentares subiram à tribuna.
Arthur do Val —mais conhecido como 'Mamãe Falei'— já havia sido advertido pelo presidente da Casa, deputado Cauê Macris (PSDB), por chamar os servidores que estavam na galeria do plenário de "bando de vagabundo" e '"chamar para a briga" alguns dos presentes. A sessão, que precisou ser suspensa, teve empurra-empurra e ameaça de socos e alguns deputados tiveram que ser contidos.
Após a sessão ter sido interrompida, os deputados voltaram a discursar sobre a PEC e sobre a confusão no plenário. Os parlamentares concluíram os discursos 0h30 desta quinta (5). O texto da PEC poderá ser votado em primeiro turno também nesta quinta, em uma nova sessão.
"Chamei de bando de vagabundo, sim. É um bando de vagabundo mesmo. Não todos os servidores, só aqueles que estão aqui aplaudindo quem ofendeu a deputada Janaina", afirmou à reportagem o deputado Arthur do Val .
"O deputado Enio Tatto veio aqui, subiu na tribuna e falou que a Janaina Paschoal sentou no colo do Doria e disse que quem vai votar a previdência é vendido. Quem votou no PSDB pra presidência da Casa foram eles. Quem assinou contrato de R$ 40 milhões para publicidade da Alesp foi o Enio."
O deputado estadual Enio Tatto (PT) afirmou à reportagem que a briga não teria nada a ver com ele. "Ele [o deputado Arthur do Val] pediu primeiro a fala do Paulo Fiorilo (PT) e provocou o pessoal do plenário, perguntando se o pessoal ia ter estomâgo, e começou a provocar. Chamou o pessoal de vagabundo várias vezes, o presidente Cauê Macris (PSDB) advertiu. Ele diz que é por causa do que eu falei com a deputada Janaina Paschoal (PSL), mas eu já me desculpei com ela, e ela já aceitou minhas desculpas. Está tudo certo. Ele fez para tumultuar."
Em nota, Cauê Macris afirmou que as cenas registradas nesta quarta-feira "não condizem com a história da Assembleia Legislativa de São Paulo". "O momento exige serenidade e responsabilidade, sem radicalização." O presidente da Assembleia Legislativa disse que o caso será analisado pelo Conselho de Ética da Casa.