A Agespisa continua realizando o parcelamento de faturas em atraso dos usuários inadimplentes em todo o Piauí. O serviço obedece às regras definidas pela Resolução nº 49, de dezembro de 2013, e pode ser realizado nos sete postos de atendimentos localizados em Teresina ou nos escritórios locais das cidades do interior. Até o fim de 2014, a dívida dos usuários do sistema ultrapassava R$ 543 milhões e gera prejuízos à companhia, desde a falta de arrecadação para custear os serviços que são prestados à população ao aumento de custos operacionais pela cobrança aos inadimplentes.
O superintendente de Gestão Comercial, Raimundo José de Freitas, comenta que o não pagamento ou o pagamento em atraso da conta de água acarreta vários prejuízos à companhia, já que inviabiliza a realização de investimentos estratégicos para a melhoria do sistema de abastecimento. Juntando esta despesa com a dívida da estatal que supera R$ 1 bilhão, novos investimentos para o serviço ficam impossibilitados de acontecer.
E os usuários que realizaram o parcelamento e não conseguiram pagar o débito podem renegociar sua dívida normalmente. O parcelamento é feito com o pagamento de uma entrada de, no mínimo, 5% do valor total do débito e o restante pode ser parcelado em até 48 vezes. O usuário que pretende realizar o pagamento à vista tem desconto de 20% no total do débito. Para negociar a sua dívida, o cliente deve procurar um dos sete postos de atendimento da Agespisa na capital ou nos escritórios da companhia no interior, que funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 18h.
A Agespisa produz 250 milhões de litros de água por dia em suas três estações de tratamento de água e poços tubulares. Infelizmente, mais da metade da água tratada é desperdiçada em ligações clandestinas e instalações velhas que resultam em muitos vazamentos.
Em 2013, o Piauí desperdiçou 51,8% de água tratada - um dos índices de desperdício mais altos do Brasil -, enquanto a média nacional paira em 37%, segundo relatório do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. Estes números são os mais recentes divulgados. O ideal, segundo o estudo, é que o índice de desperdício fique abaixo de 20%.
Apesar dos problemas técnicos, o desperdício residencial é outro fator preocupante. A recomendação é que a população use água apenas quando for necessário, como não abrir a torneira até o fim, trocar a mangueira por vassouras na hora de limpar calçadas e evitar longos banhos. "A Agespisa se compromete em trocar as instalações velhas da tubulação, mas também pedimos que as pessoas façam uso racional da água para evitar o desperdício", diz Orlando Alves, superintendente metropolitano da Agespisa.