Os corpos de possíveis duas vítimas do voo 447 da Air France e o que podem ser destroços da aeronave, encontrados na manhã deste sábado (6), só devem chegar domingo (7) ao arquipélago de Fernando de Noronha, distante 450 milhas náuticas (cerca de 900 km) do local onde os corpos foram encontrados. O trabalho de transporte de tudo o que foi achado caberá à fragata Constituição, que se desloca a uma velocidade de 20 nós (aproximadamente 40 km/h).
No sexto dia do trabalho de buscas, a aeronave R-99, que tem um radar de abertura sintética, localizou objetos na superfície do mar a 69,5 km do ponto em que houve o último aviso de pane da aeronave, que desapareceu dos radares brasileiros no domingo (31), quando fazia o voo Rio-Paris.
Acionada, a corveta Caboclo chegou ao local às 8h14 e iniciou a retirada do material encontrado: uma poltrona da cor azul (a mesma utilizada pela companhia Air France), máscaras de ar comumente usadas em aviões, uma maleta com um laptop e uma mochila de náilon. Depois, foram encontrados dois corpos do sexo masculino.
Na mochilha, havia um cartão de vacinação. E na maleta um bilhete aéreo da Air France. As autoridades brasileiras não informaram os nomes presentes nestes documentos. Só será possível estabelecer a identidade dos corpos depois de cruzamento com os DNAs dos familiares das vítimas, que ainda estão sendo recolhidos.
Os trabalhos de busca continuarão durante todo o sábado. A perícia nos destroços e nos corpos será feita, inicialmente, em Fernando de Noronha. Não há prazo para que o material seja encaminhado ao Recife, onde ficarão disponíveis para as autoridades francesas.
Segundo o major-brigadeiro do ar Luiz Jackson Josuá Costa, comandante do 2º Comando Aéreo Regional, a ?fase de busca se superpõe à fase de resgate?.
?Todo trabalho é baseado em normas e acordos internacionais. Desse trabalho rigoroso, tivemos um resultado positivo?, disse o vice-chefe do Centro de Comunicação da Aeronáutica, Jorge Amaral.