O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump reconheceu nesta quarta-feira (6) Jerusalém como a capital de Israel que anunciou que pediu ao Departamento de Estado que faça para lá a transferência da embaixada americana que atualmente está em Tel Aviv.
A comunidade internacional havia feito diversos apelos ontem pedindo que essa decisão não ocorrese. O reconhecimento da cidade como capital é considerado polêmico, uma vez que os palestinos querem Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado, e a comunidade internacional não reconhece a reivindicação israelense sobre a cidade como um todo.
"Hoje finalmente reconhecemos o óbvio: que Jerusalém é a capital de Israel", disse Trump. "Isso é nada mais nada menos do que o reconhecimento da realidade. Também é a coisa certa a fazer. É algo que tem que ser feito".
Ele disse que o vice-presidente Mike Pence irá ao Oriente Médio nos próximos dias.
Com o anúncio, Trump cumpre uma promessa feita ainda durante a campanha eleitoral de 2016, como uma forma de satisfazer a base pró-Israel de direita que o ajudou a conquistar a presidência.
Sua decisão faz com que seja cumprida a lei que prevê o reconhecimento de Jerusalém como capital que foi adotado pelo Congresso Americano em 1995. A aplicação da lei vinha sendo adiada nas últimas duas décadas, sob justificativa de "interesses de segurança nacional". Em junho, o próprio Trump prorrogou a lei por mais seis meses.
"Depois de mais de duas décadas de adiamento, não estamos mais perto de um acordo de paz duradouro entre Israel e palestinos", disse Trump.
"Seria loucura assumir que repetir a mesma fórmula produziria um resultado diferente ou melhor".