Michele Ferrero, homem mais rico da Itália e proprietário de um império global de chocolates e confeitaria, morreu neste sábado, afirmaram dois funcionários da companhia. Ele tinha 89 anos. Sua morte deve suscitar conversas sobre sucessão e potenciais acordos no grupo familiar Ferrero, que continuou crescendo apesar da mais longa recessão enfrentada pela Itália depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O grupo, fabricante do creme de chocolate e amêndoa Nutella, do bombom Ferrero Rocher e do Kinder Ovo, é visto por analistas e banqueiros como a companhia privada mais valiosa da Itália.
O bilionário morreu em casa, em Monte Carlo, depois de um longo período sofrendo com uma doença, afirmou um dos funcionários.
Giovani, filho de Ferrero e executivo-chefe do grupo, negou,em 2013, que a companhia italiana havia sido abordada pela grande competidora suíça Nestlé e disse que a Ferrero não estava à venda.
Homem de poucas palavras que evitava a exposição, Ferrero transformou a fábrica de chocolate baseada em Piedmont em um gigante global. Ele era conhecido por comandar a Ferrero com punhos de ferro, mas também era amado pela população local por sua tendência em ajudar a sua comunidade e pelos empregados por causa das condições generosas de trabalho.
Até pouco tempo atrás, Ferrero seguia de helicóptero diariamente de sua vila em Monte Carlo até a sede da companhia na pitoresca cidade de Alba, no Nordeste da Itália, para provar e ajudar na criação de novos produtos. A revista “Forbes“ descreveu Ferrero como “o doceiro mais rico do planeta”, colocando ele e sua família em 30º lugar na sua lista de pessoas mais ricas do mundo, com um patrimônio avaliado em US$ 23,4 bilhões.