É muito comum que, a qualquer sinal de dor de garganta, muitos acreditem que seja necessário começar a tomar antibióticos. O problema no entanto, pode ter outras três causas além da infecção por bactérias - uma delas, inclusive, é pouco conhecida e merece investigação, diagnóstico e tratamento preciso. Saber quais são todas elas evita o uso de medicamentos indiscriminadamente, ação que traz graves prejuízos à saúde a longo prazo.
Causas comuns
De acordo com o otorrinolaringologista Dr. Jamal Azzam, a infecção por bactérias - microrganismos que geram as infecções - é uma das causas mais recorrentes do incômodo. Neste caso, o tratamento é feito com antibióticos.Outro acometimento comum que leva ao problema são inflamações ou irritações simples e que podem ter diversas causas, como o grande esforço das cordas vocais, tempo seco e ar poluído.Outra causa são as viroses - doenças geradas a partir da contaminação do organismo por vírus. Apesar de serem comumente confundidas com infecções bacterianas, essas não são tratadas com antibióticos.
Causa pouco conhecida: problema no estômago
Pode até parecer não fazer sentido, mas, segundo explica Dr. Azzam, problemas no sistema digestivo podem também causar o incômodo.O refluxo laringofaríngeo é um problema no estômago que pode ter como sintoma a dor de garganta. “É muito comum hoje em dia confundirem. Nesse caso, o paciente tem uma leve sensação de que tem algo parado na garganta, sente muita vontade de tossir e, às vezes, fica rouco”, comenta.
Tratamento
É por isso que, antes de começar um tratamento específico, é essencial procurar ajuda médica para uma investigação e diagnóstico precisos.No caso da dor de garganta causada por refluxo, o uso de antibiótico para tratar uma infecção inexistente na garganta, além de não atacar a origem do problema, pode ainda levar a outras complicações e até agravar alguns sintomas.
A automedicação ou o uso indiscriminado de antibióticos pode levar a problemas de saúde, como desregulação intestinal – o medicamento afeta a população de bactérias benéficas ao corpo -, além de ainda tornar as bactérias nocivas ainda mais resistentes a eles, fazendo com que o paciente tenha que, a cada vez que ficar doente, fazer uso de um medicamento ainda mais forte.