Duas pessoas desaparecem após lancha se incendiar em Angra dos Reis

O Corpo de Bombeiros afirmou, na manhã desta sexta-feira, que usa aeronaves e mergulhadores na procura pelas vítimas.

Duas pessoas desaparecem após lancha se incendiar em Angra dos Reis | Reprodução
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Uma lancha particular pegou fogo e afundou, na manhã de terça-feira de carnaval, nas proximidades da Ilha do Jorge Grego, na Baía de Ilha Grande, em Angra dos Reis. Dois homens que estavam na embarcação, que havia zarpado de Mangaratiba, estão desaparecidos. Outras quatro pessoas foram resgatadas.

O Corpo de Bombeiros afirmou, na manhã desta sexta-feira, que usa aeronaves e mergulhadores na procura pelas vítimas. A Capitania dos Portos ajuda nas buscas, concentradas no lado sul da Ilha Grande.

No momento do acidente, as pessoas a bordo da embarcação navegavam aproveitando o feriadão para pescar. Ainda não se sabe o que motivou o incêndio.

Tripulante de lancha (à direita) que afundou na Ilha Grande é resgatado Foto: Reprodução

De acordo com as primeiras informações, a lancha teria começado a afundar por volta das 17h40m. Uma hora depois, os tripulantes conseguiram ser resgatados por uma embarcação originária do Espírito Santo.

— Temos uma rádio costeira e recebemos uma comunicação de uma embarcação que fez o resgate. Eles (o barco que salvou) pediram ajuda por volta das 17h. Esse barco, de 17 metros aproximadamente, estava vindo de Santos. Quando eles resgataram, eles nos avisaram e passamos a informação para terra, para que fossem deslocadas as ajudas necessárias. Os tripulantes só contaram que a lancha foi a pique, mas não souberam dizer o motivo — declarou Elander Freitas de Queiros, de 34 anos, da Rádio Costeira Itaoca.

Quem resgatou os tripulantes foi Nataliemo Batista Bento, de 40 anos, que estava no mar, com outros tripulantes, pescando havia pelo menos dez dias. Ele contou que o barco em que estava, voltava do Porto de Paranaguá, carregado de peixe, em direção a Angra dos Reis, após escala em Santos. No local da entrega do pescado, em Angra, um comerciante local teria recusado a carga. Para não perder a mercadoria, ele então decidiu seguir para o Rio de Janeiro para tentar vender o produto. Na altura de Ilha Grande, seu barco deu uma pequena pane e, só por isso, avistou as vítimas.

— A gente estava vindo do Porto de Paranaguá e tínhamos que entrar em Angra para entregar o pescado. Mas o cara que compra o peixe em Angra não quis. Fui rumo ao Rio para vendê-lo. Fomos navegando e senti que a minha embarcação tinha aquecido. Eu fui ver o que estava acontecendo e fui pro convés. Em seguida avistei uns objetos na água. Fomos lá e vimos eles — contou o comandante do barco, que completou:

— Eles faziam sinal para um navio que passava e ele só viram a gente quando estávamos perto. Eles relataram que o atrator (uma espécie de rede) agarrou na lancha. Começou a fazer fumaça e dois deles pularam para tentar soltar. Como o mar estava muito forte, veio uma onda e virou a lancha e foi para o fundo. Eles falaram que os outros dois que estão sumidos não sabiam nadar. Foi a força do mar que virou a lancha.

Capixaba, ele diz que há 15 anos quase morreu quando uma embarcação em que ele estava virou na Baía de Campos.

— Eu também já fui vítima de um naufrágio. Há 15 anos fiquei 13 horas agarrado numa boia até ser resgatado. Eu peço a Deus que eles sejam resgatados com vida.

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