Uma família indignada e marcada pela dor. No último dia 7 de julho, segunda-feira, uma dona de casa, que residia no município de Vitorino Freire, no Maranhão, veio para Teresina apenas para um check-up de o exame), a tomografia computadorizada do abdomen deu errado e Marlene, que estava em uma clínica particular, começou a passar mal, segundo a família.
?Eles não disseram nada. Simplemente o marido dela entrou e ela passou mal. Ele tentou reanimá-la mas não conseguiu. Eu não sei se os médicos tentaram alguma coisa, quando perceberam ela já estava na ambulância sendo levada para o ProntoMed.?
Marlene deveria ter sido levada para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) do Hospital Getúlio Vargas (HGV), mas a própria família foi desaconselhada a fazer o procedimento por funcionários do hospital em questão.
Nesse tipo de situação, as informações desencontradas são o maior obstáculo para a família. ?Nós ficamos perdidos. Nunca tínhamos ficado numa situação como essa. Nós pensamos em levar para o IML, mas o Instituto não aceita esse tipo de morte; pensamos em levar para o HGV e diziam que o corpo ia ficar na geladeira por muito tempo. Com tudo isso, a gente fica sem saber de nada, pois cada um diz uma coisa e a gente fica sem saber o que fazer?, afirmou a cunhada da vítima, Luzia Alves.
Para o Conselho Regional de Medicina, a família errou por não aceitar que fizesse a necrópsia no corpo de Marlene. ?Se o paciente está fazendo um tratamento e, de repente, acontece um incidente tem que ser feito um estudo como uma necrópsia e uma autópsia nesse paciente, um estudo histoquímico e um estudo toxicológico para saber se a substância foi a responsável pela morte?, afirmou o conselheiro do CRM, Wilton Mendes.