2012 foi ano de crise, mas economia já está acelerando, diz Mantega

No fim de 2011, ele chegou a prever expansão acima de 4% para este ano. Para 2013, Mantega reduziu expectativa de crescimento para 3% a 4%

Guido Mantega, ministro da Fazenda | Reprodução
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu nesta sexta-feira (1) que o crescimento da economia brasileira no ano passado, de 0,9% conforme informou o Instituto Nacional de Geografia a Estatística (IBGE), ficou abaixo da expectativa, mas acrescentou que isso se deve aos efeitos da crise financeira internacional.

"Em momentos de crise, você tem um desempenho fraco. É inevitável que a economia desacelere. A maioria dos países teve crescimento fraco ou desaceleração do crescimento [no ano passado]", declarou Mantega a jornalistas. No fim de 2011, ele estimava uma expansão superior a 4% para o PIB do último ano e chegou a dizer, em meados do ano passado, que uma expansão de 1,5% para 2012 (prevista pelo Credit Suisse naquele momento) seria uma "piada".

Mantega acrescentou, porém, que para a maioria da população brasileira 2012 foi um ano "bom". "A crise internacional não bateu na porta da família brasileira. Em 2012, tivemos um excelente resultado de emprego. Criamos 1,3 milhão de postos de trabalho, a massa salarial cresceu 6%, o que nao é pouca coisa, e o aumento real da renda foi de 4%", afirmou ele.

O ministro da Fazenda observou que os investimentos (formação bruta de capital fixo), mesmo que tenham recuado 4% em 2012, registraram crescimento de 0,5% no último trimestre do ano passado. "O investimento voltou a reagir. Se recupera e deverá se acelerar ao longo de 2013", acrescentou.

Perspectivas

Segundo Mantega, o importante, neste momento, é que a economia brasileira já voltou a acelerar. "Estamos acelerando a economia de forma gradual e essa aceleração está continuando em 2013. Temos dados dos primeiros meses deste ano que mostram que essa trajetória de aceleração está se mantendo", declarou ele.

Mesmo assim, o ministro da Fazenda, que até o momento vinha estimando uma taxa de expansão superior a 4% para 2013, já revisou sua expectativa e, agora, prevê uma taxa de crescimento de 3% a 4% para o PIB este ano. Os analistas do mercado financeiro, entretanto, preveem que o PIB de 2013 tenha uma expansão menor: ao redor de 3,1%.

"Faremos mais redução de impostos em 2013. Essa é uma [política] permanente deste governo. Vamos continuar em todos os anos reduzindo tributos para tornar mais baratos investimentos e o consumo. Se houver necessidade, teremos ações anticíclicas [para estimular a economia] neste sentido. Para amparar mais investimentos e desonerações fiscais", afirmou Mantega.

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