5 kg de arroz por 2,50? Se surpreenda com os preços dos alimentos nos anos 90 no Brasil

Um vídeo popular do Canal 90 no YouTube trouxe à tona essas memórias dos anos 90, usando propagandas antigas de TV para ilustrar os preços da época.

Um vídeo popular do Canal 90 no YouTube trouxe à tona essas memórias dos anos 90, usando propagandas antigas de TV para ilustrar os preços da época. | Reprodução
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Nos anos 90, os preços dos alimentos no Brasil eram significativamente mais baixos do que hoje. Naquela época, o litro de leite podia ser comprado por apenas R$0,69 e o quilo da carne por R$1,05. Atualmente, esses valores são quase inimagináveis, com o preço do leite raramente ficando abaixo de R$5. Mesmo com o controle da inflação dos alimentos medida pelo IPCA.

Um vídeo popular do Canal 90 no YouTube trouxe à tona essas memórias dos anos 90, usando propagandas antigas de TV para ilustrar os preços da época. Por exemplo, o pão francês, que hoje é vendido por peso e pode custar até R$1,50 por unidade, custava apenas R$0,05. O pacote de café de 500 gramas era vendido por R$2,20. Além disso, o quilo do frango e da carne também tinha valores bem mais baixos, com o quilo do contra-filé a R$3,96.

Preço dos produtos nos anos 90

  • Arroz pacote 5 kg: R$ 2,59
  • Azeite de oliva: R$ 2,39
  • Cerveja lata: R$ 0,32
  • Refrigerante de marcas famosas: R$ 1,42
  • Vinho de mesa: R$ 3,99
  • Chocolate da Nestlé: R$ 1,00

Desde 1994 até 2019, o real perdeu 83,25% do seu poder aquisitivo, conforme pesquisa do matemático financeiro José Dutra Vieira Sobrinho, baseada numa inflação acumulada de 496,88% nesse período. Em 1994, o salário mínimo era de R$64, enquanto em 1999, o último ano das ofertas mencionadas no vídeo, era de R$136.

Inflação medida pelo IPCA-15 fecha 2024 em 4,71% 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que serve como prévia da inflação oficial, encerrou 2024 com uma variação de 4,71%, informou o IBGE. O resultado é semelhante ao registrado em 2023, quando o índice ficou em 4,72%, e supera o teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 4,50%.

O grupo alimentação e bebidas liderou a pressão inflacionária no ano, acumulando alta de 8%. Entre os itens com maior aumento estão óleos e gorduras (20,42%), carnes (19,48%), frutas (14,18%), bebidas (13,11%), leites e derivados (11,10%) e cereais, leguminosas e oleaginosas (10,04%).

Outros grupos também registraram aumentos expressivos, como saúde e cuidados pessoais (6,03%) e educação (6,82%). Os demais grupos apresentaram as seguintes variações: despesas pessoais (5,12%), habitação (3,44%), comunicação (2,99%), transportes (2,32%), vestuário (2,25%) e artigos de residência (0,83%).

Dezembro

No último mês de 2024, o IPCA-15 apresentou uma taxa de 0,34%, inferior ao resultado de novembro (0,62%) e também ao de dezembro de 2023 (0,40%). Dos nove grupos avaliados, cinco registraram aumento em dezembro.

O grupo alimentação e bebidas teve o maior impacto no mês, com alta de 1,47%, puxada por itens como óleo de soja (9,21%), alcatra (9,02%), contrafilé (8,33%) e carne de porco (8,14%).

Outras contribuições relevantes vieram de despesas pessoais (1,36%) e transportes (0,46%). Por outro lado, o grupo habitação apresentou deflação de 1,32%, ajudando a conter a inflação no mês. A redução foi impulsionada pela queda de 5,72% nos preços da energia elétrica residencial, devido ao retorno da bandeira tarifária verde no início de dezembro.

No acumulado do último trimestre de 2024, o IPCA-E, derivado do IPCA-15, registrou alta de 1,51%, conforme os dados do IBGE.

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES