63% dos novos funcionários no BR são de baixa renda, diz IBGE

Expansão do setor de serviços ampliou contratação de trabalhadores de baixa renda

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A maior parte dos postos de trabalho gerados pelo crescimento da economia brasileira na última década foi preenchida por trabalhadores de baixa renda e com pouca qualificação. A maioria das vagas criadas desde 2000 foi ocupada por trabalhadores com remuneração de até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 1.244 a partir de janeiro.

Segundo dados preliminares do Censo divulgados pelo IBGE recentemente, a proporção de trabalhadores dessa faixa de remuneração na força de trabalho foi de 49% em 2000 para 63% em 2010.

Números do Ministério do Trabalho mostram que essa tendência continua em 2011. Até outubro, só houve geração de vagas com carteira assinada para quem aceitasse ganhar até dois mínimos.

Os trabalhadores desse grupo param menos tempo no emprego do que os de outros estratos de renda, de acordo com levantamento realizado pela SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos) da Presidência da República.

Em 2010, de cada dez trabalhadores desligados de seus empregos, oito recebiam até dois mínimos e saíram da empresa porque foram mandados embora ou porque decidiram pedir demissão.

"A economia brasileira foi capaz de gerar empregos para pessoas de baixa qualificação e por isso reduzimos tanto a pobreza e a desigualdade", diz o economista Ricardo de Barros, da SAE. "Mas a alta rotatividade é ruim."

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