América Latina vai contrair 1,9% em 2009

O PIB da América Latina cairá 2,3% a 3%, ou seja, muito menos que o de outras regiões

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 Após seis anos de crescimento, a economia latino-americana sofrerá uma contração de 1,9% em 2009, informou a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) nesta quarta-feira. De acordo com a entidade, que é subordinada à ONU (Organização das Nações Unidas), a queda no PIB (Produto Interno Bruto) regional vai ser de 3,1% por habitante.

Já o desemprego crescerá de 7,4% em 2008 para 9% neste ano. O "Estudo Econômico da América Latina e Caribe 2008-2009" diz ainda que a região respondeu bem à crise, por estar mais bem preparada em termos macroeconômicos que em outras épocas. A previsão da Cepal é que, no próximo ano, o PIB da América Latina e do Caribe cresça 3,1%.

Ontem o o presidente da Felaban (Federação Latino-Americana de Bancos), Ricardo Marino, disse que a América Latina será uma das primeiras regiões a sair da crise econômica mundial, mas advertiu contra o excesso de gastos para estimular a recuperação. "A América Latina será uma das primeiras regiões do mundo a participar deste ciclo de recuperação", garantiu Marino, no fim de um seminário de dois dias em Madri sobre "o papel dos bancos na recuperação das economias ibero-americanas". "Estamos atualmente numa situação de recessão, mas ela será inferior à média mundial.

O PIB da América Latina cairá 2,3% a 3%, ou seja, muito menos que o de outras regiões como a Europa e a Europa Oriental." "A América Latina está numa posição privilegiada: nenhuma instituição financeira faliu, não tivemos ativos podres em excesso e os bancos têm reservas de sobra para encarar a crise", explicou Marino. "Agora, precisamos adotar uma atitude prudente quanto à gestão do crédito, avaliar os riscos com mais cuidado, para sair desta situação de crise mais rapidamente que os países desenvolvidos."

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