Após 16 dias, greve dos bancários já é a mais longa desde 2004

Os bancários pedem reajuste de 5% acima da inflação.

Em 2010, a greve só parou após 15 dias. | Reprodução
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Sem perspectiva de acordo, a greve dos bancários entra nesta quarta-feira no 16º dia, com forte adesão nos centros administrativos, os cérebros das instituições financeiras.

Segundo os sindicalistas, a greve atinge 34 mil dos 135 mil funcionários em São Paulo. A paralisação já é a mais longa desde 2004, quando chegou a 30 dias. Em 2010, a greve só parou após 15 dias.

Neste ano, os bancários preferiram focar os piquetes nos centros administrativos e foram acusados pelos bancos de "contratar piqueteiros profissionais" para dificultar a entrada dos funcionários.

O sindicato afirma que o Itaú teve de transportar profissionais de helicóptero dos centros administrativos do Jabaquara (zona sul) para o da Raposo Tavares (Grande São Paulo) a fim de manter os serviços funcionando. O banco não confirma a informação.

REIVINDICAÇÃO

Os bancários pedem reajuste de 5% acima da inflação, enquanto os bancos oferecem 0,56%. Diante do impasse, os trabalhadores pedem que os bancos reformulem a proposta para sentar à mesa de negociações.

"Se eles querem negociar de verdade, é importante partir da proposta que já foi feita e indicar os ajustes que precisam ser feitos. Aí, sentamos e consultamos os bancos. Não vamos apresentar proposta nova", disse Magnus Apostólico, da Febraban. O comando da greve decidiu pedir uma reunião com Dilma Rousseff sobre o tema.

"Vamos manter a greve forte sem aceitar ameaças nem retaliações, seja de bancos públicos, seja de privados", disse Juvandia Moreira, presidente do sindicato dos bancários de São Paulo.

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