Após 2 meses em 39%, juros bancários voltam a subir

Juros de empresas, porém, registraram pequena queda no mês passado.

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Os juros cobrados pelos bancos em suas operações de crédito com pessoas físicas subiram um ponto percentual em outubro deste ano, passando de 39,4% ao ano, piso histórico registrado em setembro, para 40,4% ao ano no mês passado. É o primeiro aumento desde julho deste ano.

O aumento dos juros cobrados pelos bancos nas operações com pessoas físicas, segundo o Banco Central, está relacionado pela redução da participação do crédito consignado, ou seja, com desconto em folha de pagamento, no total do crédito. Como essa modalidade de crédito tem juros menores, o recuo de sua participação pressionou para cima os juros médios cobrados pelos bancos das pessoas físicas.

Já a taxa cobrada pelos bancos das empresas, entretanto, recuou de 29% ao ano em setembro para 28,7% ao ano em outubro, informou o Banco Central. A taxa média de juros dos bancos para todas operações de crédito, por sua vez - o que inclui pessoas físicas e jurídicas - subiu de 35,1% ao ano em setembro para 35,4% ao ano em outubro, informou a autoridade monetária.

Principais linhas de crédito

Em outubro, os juros médios cobrados pelos bancos no cheque especial para pessoa física caíram para 163,6% ao ano, contra 167,2% ao ano no mês anterior. Mesmo com o recuo registrado em outubro, o juro do cheque especial ainda é um dos mais altos de todas modalidades de crédito.

Para as operações de crédito pessoal com pessoas físicas, entretanto, a taxa média cobrada pelas instituições financeiras subiu para 43,6% ao ano em outubro, na comparação com 41,6% ao ano em setembro.

No caso das linhas de crédito de empresas, a taxa para desconto de duplicata passou de 42% em setembro para 43% ao ano em outubro. Para capital de giro, os juros médios dos bancos foram de 30,6% ao ano em outubro deste ano, na comparação com 29,4% em setembro.

Spread bancário

O spread bancário, que é a diferença entre a taxa de captação dos bancos e os valores cobrados dos tomadores finais das linhas de crédito, subiu 0,3 ponto percentual em outubro, para 24,4 pontos percentuais. Esse é o maior valor desde janeiro deste ano, quando estava em 25,1 pontos percentuais. O spread é formado pelo lucro dos bancos, pela taxa de inadimplência e pelos tributos, entre outros.

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