Desde sua inauguração o Shopping da Cidade causou bastante polêmica entre os vendedores ambulantes. O medo e a insegurança dos camelôs de não conseguirem arrecadar a mesma quantia de quando estavam em suas respectivas bancas no centro geravam preocupação. Após três anos de vida, o medo deu lugar à certeza aos microempreendedores de que esse negócio veio contribuir com o desenvolvimento e organização das atividades antes informais.
Entre as novidades para ?esquentar? as vendas do Shopping da Cidade está a criação de um Portal de Negócios, onde os comodatários poderão expor e comercializar suas mercadorias. ?Tivemos as primeiras reuniões para viabilizar este projeto. Estamos em busca de outros grupos empresariais para viabilizar este projeto. Será uma espécie de Portal de Negócios, onde nossos comodatários irão expor
na internet suas mercadorias. Além de esquentar as vendas, é uma forma de divulgação dos produtos vendidos no Shopping?, falou o administrador do Shopping da Cidade,
Gustavo Cromwell de Carvalho. Segundo ele, a análise dos três anos de funcionamento do Shopping é positiva. Para ele, todos os boxes estão ocupados e há um fluxo diário de pelo menos 20 mil pessoas. ?São cerca de 1.912 espaços de comercialização, sendo 10 lojas, 35 para espaço de alimentação e
1.867 boxes. Todos estão em pleno funcionamento. Cada um deles paga uma mensalidade que varia de R$ 90 a R$ 120, de acordo com o tipo de espaço alugado. Posso afirmar que hoje não temos nenhum box lacrado, à disposição da prefeitura. O que existem são alguns boxes temporariamente fechados, pelos mais diversos motivos?, falou.
Ele explicou que quando o comodatário viaja para participar de feiras e eventos em outros lugares, ele precisa fechar o box durante os dias em que estará ausente. Da mesma forma, quando ele precisa resolver um problema pessoal e não pode vir trabalhar, ele também deixa o espaço fechado naquele dia. Essa é a nossa realidade diária. Entre as principais reclamações feitas pelos comodatários, está a falta de divulgação do Shopping. Principalmente dos donos dos boxes do primeiro e segundo andar, que se sentem prejudicados por terem menos exposição que os do térreo.
?Já há algum tempo estamos estudando formas, de como poderíamos aumentar o fluxo de pessoas nos andares superiores. Por ser essa a maior reclamação dos microempresários, desde o início disponibilizamos elevadores e escadas rolantes justamente para facilitar esse acesso. Além disso, instalamos uma agência bancária no segundo piso para chamar mais gente. Outra ação será a instalação das passarelas ? já em processo de licitação, com previsão de entrega para dezembro - que ligam o Shopping à estação do metrô. O que deverá aumentar significativamente o fluxo de pessoas.
Esse processo visa também beneficiar os boxes que estão localizados de frente para o sol. São cerca de 70 boxes que são prejudicados pela forte incidência do sol. Temos um planejamento de colocá-los de uma forma que todos eles fiquem na sombra?, explicou o administrador. Apesar de algumas dificuldades, o administrador do Shopping da Cidade acredita que essas novas mudanças contribuirão pontualmente para a divulgação do Shopping.
?Já passamos por muitas dificuldades, mas conseguimos superar diversas delas. Temos um formato de sucesso. Tanto é que outros Estados nos visitam para importar esse formato em suas cidades. Estamos sempre tentando atender a clientela melhor e capacitando os lojistas, com a ajuda do Sebrae e outras instituições gabaritadas?, encerrou.